A Bolsa brasileira encerrou o ano de 2024 na última segunda-feira (30) com queda de 10,36%, mas os ADRs (recibos de ações negociado nos Estados Unidos) operam nesta terça-feira (31), último dia do ano, uma vez que a Bolsa de Nova York abre nesta data. Contudo, o dia é sem grandes sobressaltos, sem tantos indicadores e com liquidez reduzida. O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20), que reúne as principais empresas brasileiras listadas na B3 com recibos de ações negociados nos Estados Unidos, registrava leve alta de 0,18%, a 14.916,67 pontos, às 12h10 (horário de Brasília) desta terça. Já o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, vai no sentido contrário e tem queda de 0,35%, a US$ 22,53. Em destaque, as ações de companhias de commodities como Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3) registram ganhos na sessão. O S&P 500 e o Dow Jones abriram em alta, com ganhos respectivos de 0,13% e 0,29%, sinalizando uma recuperação parcial dos declínios de segunda-feira de mais de 1%. Enquanto isso, o Nasdaq tinha leve queda de 0,07%. O mercado europeu teve um pregão mais contido, com bolsas na Alemanha, Itália e Suíça fechadas devido ao Réveillon, enquanto Londres e Paris tiveram sessões reduzidas. O tom moderado nos mercados de ações reflete preocupações persistentes sobre a sustentabilidade do rali de 24% do S&P 500 neste ano, impulsionado por gigantes da tecnologia. Também evidencia incertezas enfrentadas pelos investidores em 2025, que vão desde as políticas protecionistas do presidente eleito Donald Trump até a perspectiva para as políticas dos bancos centrais e a saúde das economias europeia e chinesa. O Índice Bloomberg Dollar Spot manteve-se estável e a caminho de seu melhor ano desde 2015, impulsionado pela reeleição de Trump em novembro e pela mudança menos dovish da política do Federal Reserve. Um índice de Treasuries parece pronto para registrar um pequeno ganho no ano, com os rendimentos caindo levemente na terça-feira. “Os investidores estão em modo de espera,” disse Noel Dixon, estrategista macro sênior da State Street Corp, à Bloomberg Television. “Não sabemos quais serão os efeitos retaliatórios e como o Fed vai reagir, em última análise, a essas tarifas.”
(com Bloomberg) |
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