IMG-LOGO
Economia

Índice de ADRs brasileiros tem leve alta, com rali no exterior “em pausa” à espera de próximos passos de bancos centrais

- 08/06/2023 184 Visualizações 184 Pessoas viram 0 Comentários

O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20), que reúne as principais empresas brasileiras listadas na B3 com recibos de ações negociados nos Estados Unidos, apresenta leve alta no início dos negócios na sessão desta quinta-feira (8). O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, segue o movimento.

O dia é de folga na B3, devido ao feriado de Corpus Christi, mas nos EUA os recibos de ações de empresas brasileiras são negociados normalmente. Às 10h40 (horário de Brasília), o Dow Jones Brazil Titans 20 ADR registrava alta de 0,34%, a 18.202 pontos; no mesmo horário, o EWZ avançava 0,18%, a US$ 30,85.

Os ADRs da Vale (VALE3) zeraram os ganhos após abrirem em alta, em um dia de valorização para o minério de ferro, com o contrato futuro negociando na Bolsa de Dalian registrando alta de 1,85%, a 799,5 iuanes (US$ 112,30) a tonelada, com projeções para estímulos na China persistindo.

Cabe destacar que os maiores bancos comerciais estatais da China cortaram algumas de suas taxas de depósito, nesta quinta, na mais recente série de cortes similares neste ano. A medida ajuda os bancos a melhorar suas margens de juros líquidas, que têm recuado ao longo dos últimos anos, e poderia fomentar mais empréstimos, dando um impulso à recuperação econômica que perde fôlego da China. A redução nas taxas de depósito também podem facilitar para os bancos cortar taxas de empréstimo mais adiante neste ano, afirmam analistas do Citi.

Ainda no radar da mineradora, precificou a oferta de bonds de sua subsidiária integral Vale Overseas de US$ 1,5 bilhão com cupom de 6,125% e com vencimento em 2033, garantidos pela empresa.

Já os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4) tinham leve alta, com os PBR (equivalente ao papel PETR3) tinha ganhos de 0,64% (US$ 13,09), enquanto PBR/A (equivalente ao PETR4) avançava 0,58% (US$ 11,84), em um dia de pouca variação para o petróleo, com o mercado dividido entre as perspectivas para o Fed e o corte de produção definido pela Arábia Saudita na última reunião da Opep+.

Entre os índices americanos, o Dow Jones tinha leve queda de 0,06%, o S&P 500 tinha baixa de 0,09% e o Nasdaq tinha ganhos de 0,14%.

O foco dos investidores, após rali recente, é para a tendência dos juros nos países desenvolvidos após a decisão inesperada do Banco do Canadá, ontem, de retomar o aumento da taxa básica. A medida, somada à alta também surpreendente aplicada esta semana na Austrália, indica que a luta contra a inflação está longe de terminar e pode influenciar o Federal Reserve (Fed), que anuncia sua decisão na próxima semana.

Na agenda econômica americana, os novos pedidos de auxílio-desemprego cresceram 28 mil nos Estados Unidos, a 261 mil, na semana encerrada no dia 3, acima do esperado. Analistas ouvidos pela FactSet previam 240 mil. Os pedidos da semana anterior foram revistos, de 232 mil antes informados a 233 mil.

No mercado asiático, a queda do índice japonês Nikkei contrastou com o avanço das bolsas chinesas. O Nikkei caiu 0,85%, seguindo a queda da véspera dos principais índices americanos, enquanto Xangai avançou 0,49% e Hang Seng subiu 0,25%.

Isso apesar do dado que mostrou que a economia do Japão cresceu mais do que se pensava inicialmente entre janeiro e março, segundo revisão desta quinta-feira, já que uma recuperação pós-pandemia nos gastos corporativos e de consumo ajudou a compensar o impacto nas exportações devido à desaceleração da demanda global. O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão teve expansão anualizada de 2,7% entre janeiro e março, contra uma estimativa preliminar de crescimento de 1,6% e muito acima da previsão média dos economistas de um aumento de 1,9%.

Na Europa, a sessão também é de leves variações, com o alemão Dax em alta de 0,05%, o britânico FTSE em queda de 0,15%, o francês CAC avançando 0,25% e o FTSE MIB sendo destaque, com avanço de 1,07%.

Em destaque na agenda, a economia da zona do euro entrou em recessão técnica nos primeiros três meses de 2023, mostraram dados da agência europeia de estatísticas Eurostat, após revisões para baixo do crescimento no primeiro trimestre e no último trimestre de 2022.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos 20 países da zona do euro caiu 0,1% no primeiro trimestre em comparação com o quarto de 2022 e cresceu 1,0% em relação ao ano anterior, informou a Eurostat em comunicado. Isso se compara às estimativas de crescimento de 0,1% e 1,3% publicadas em 16 de maio. Economistas consultados pela Reuters previam, em média, expansão de zero e 1,2%, respectivamente.

A revisão deveu-se principalmente a uma segunda estimativa da agência de estatísticas da Alemanha, que mostrou que a maior economia da zona do euro entrou em recessão no início de 2023. O crescimento da zona do euro para o quarto trimestre de 2022 também foi reduzido para -0,1% em relação à leitura anterior de zero. Juntamente com a Alemanha e a Irlanda, o PIB também caiu na comparação trimestral na Grécia, Lituânia, Malta e Holanda.

(com Bloomberg, Reuters e Estadão Conteúdo)




Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *