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Índice de ADRs Brazil Titans 20 avança após novo corte na Selic e com bom humor nos EUA

- 02/11/2023 12 Visualizações 12 Pessoas viram 0 Comentários
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O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR, que reúne as principais empresas brasileiras listadas na B3 com recibos de ações negociados nos Estados Unidos, opera com ganhos nesta quinta-feira (2) de feriado no Brasil, acompanhando avanço dos índices acionários de Wall Street.

Principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, o EWZ, que replica o índice MSCI Brazil, também registra alta.

Às 10h40 (horário de Brasília), o Dow Jones Brazil Titans 20 ADR subia 3,03%, a 18.419 pontos, enquanto o EWZ tinha alta de 2,32%, a US$ 31,37.

Entre os índices americanos, o Dow Jones ganhava 0,65%, S&P500 avançava 1,09% e o Nasdaq saltava 1,38%.

Apesar do feriado de Finados, os recibos de companhias brasileiras seguem operando normalmente no mercado americano – e podem servir de termômetro para o investidor em busca de pistas sobre o comportamento dos papéis após o Banco Central brasileiro cortar a taxa Selic mais uma vez em 0,5 ponto percentual na quarta-feira (1º).

Na abertura, os ADRs que mais sobem são das aéreas Gol e Azul, além de CSN e Vale, na esteira de nova sessão de ganhos para o minério de ferro (veja comportamento dos mercados futuros de commodities mais abaixo). Os ganhos variam entre 2,40% e 2,78%.

Na agenda de indicadores, o destaque vai para o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que teve alta de 5 mil na semana encerrada em 28 de outubro, a 217 mil, segundo pesquisa divulgada nesta quarta pelo Departamento do Trabalho do país.

O resultado veio um pouco acima da projeção de analistas consultados pela Factset, de 215 mil solicitações.

Na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu nesta quinta-feira manter sua taxa básica de juros pela segunda vez consecutiva, em 5,25%. A decisão do BoE veio em linha com a expectativa de analistas.

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Enquanto espera pelo payroll previsto para sexta-feira (3), as atenções do mercado lá fora se voltam principalmente para a repercussão da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de manter os juros na faixa dos 5,25% a 5,50%.

Reação ao Fed

O presidente do Fed, Jerome Powell, não se comprometeu a bater o martelo sobre o pico de alta dos juros, mas adotou tom considerado dovish (pró-redução de juros) pelos analistas.

Agentes também observam o volume de emissões de títulos do Tesouro americano (Treasuries), que ficou em setembro um pouco abaixo das estimativas de US$ 112 bilhões, após menos emissões de papéis com vencimento em 10 e 30 anos em relação ao mês de agosto.

Por outro lado, o índice industrial do Institute for Supply Management, considerado importante indicador prospetivo, ficou bem abaixo das estimativas.

“Embora aparentemente Powell estivesse tentando parecer agressivo, os mercados não estavam acreditando, especialmente porque os dados econômicos [de quarta-feira] mostraram que a economia dos EUA parecia estar desacelerando”, disse Michael Hewson, analista-chefe de mercado da CMC Mercados.

As declarações de Powell, que destacou as condições financeiras mais restritivas enfrentadas pelas empresas e pelas famílias, foram vistas como em sintonia com a leitura de que o avanço dos yields dos títulos americanos pode já estar atuando para controlar a inflação no EUA, dispensando novas elevações de juros.

“Vimos um fechamento importante do juro americano de 10 anos nesta quarta-feira, de quase 20 pontos-base. Se somarmos este comunicado do Copom com o cenário internacional, que se apresentou de modo mais benigno, há espaço para a curva brasileira fechar”, comentou Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.

“Como o BC deu um peso grande para o cenário internacional no comunicado, então o mercado também estará atento ao payroll”, completou.

Commodities

No mercado de commodities, o dia é de ganhos para o minério e para o petróleo.

O brent futuro com entrega para janeiro tem leve alta de 0,8%, a US$ 85,34 o barril.

Os contratos futuros de minério de ferro avançam na mesma toada. O contrato de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura SZZFX3 subiu 0,76%, a US$ 122,40 por tonelada. Já o contrato futuro de minério de ferro com vencimento em janeiro, mais negociado na bolsa de commodities de Dalian, da China, operava em alta de 0,92%, a 929 iuanes (US$ 127) por tonelada.

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