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Índice de ADRs Brazil Titans cai com repercussão de dados de inflação nos EUA

- 12/10/2023 34 Visualizações 34 Pessoas viram 0 Comentários
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O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR, que reúne as principais empresas brasileiras listadas na B3 com recibos de ações negociados nos Estados Unidos, opera com perdas, sendo mais intensas do que a leve baixa em Wall Street. Já o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, tem baixa mais expressiva durante a manhã.

Às 10h43 (horário de Brasília), o Dow Jones Brazil Titans 20 ADR caía 0,59%, a 17.968 pontos, enquanto o EWZ tinha queda de 1,27%, a US$ 30,35 nesta quinta-feira (12), dia de B3 fechada por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida.

Entre os índices americanos, o Dow Jones tinha queda de 0,08%, S&P500 caía 0,08% e o Nasdaq tinha perdas de 0,10%.

O grande destaque na sessão fica com o índice de inflação ao consumidor CPI de setembro nos EUA. O CPI aumentou 0,4% no mês passado ante agosto, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, ficando acima da projeção Refinitiv de avanço mensal de 0,3%.

Nos 12 meses até setembro, o CPI avançou 3,7%, depois de aumentar pela mesma margem em agosto; a projeção era de alta de 3,6%. Os preços ao consumidor ano a ano caíram de um pico de 9,1% em junho de 2022.

Contudo, o núcleo da inflação, que desconsidera as variações de alimentos e energia, registrou alta mensal de 0,3%, enquanto o avanço anual foi de 4,1%, em linha com a projeção Refinitiv. O núcleo da inflação costuma ser monitorado mais de perto pelos decisores de política monetária, uma vez que tendem a ser melhores preditores das tendências a longo prazo.

Após os dados de inflação, houve ajuste mais imediato dos operadores de mercado para uma chance um pouco maior do Fed realizar outro aumento dos juros em 2023, mas em dezembro.

Os contratos futuros que se ajustam à política do Fed refletiram nesta manhã uma probabilidade de cerca de 35% de um aumento da taxa em dezembro, em comparação com uma chance de cerca de 28% observada antes do relatório.

″O CPI foi um pouco mais forte do que prevíamos, embora a tendência descendente do núcleo da inflação tenha persistido. Esperamos que isso continue, [mas] estaremos atentos à transmissão dos preços mais elevados da energia para a inflação mais ampla nos próximos meses, caso persistam”, disse à CNBC o economista sênior da Vanguard, Andrew Patterson.

Cabe destacar que, na véspera, as bolsas de Nova York tiveram o quarto dia consecutivo de ganhos, com aceleração na reta final do pregão, à medida que o alívio nos juros longos dos Treasuries se manteve após ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Os últimos dias foram de maior ânimo para o mercado em meio às últimas falas mais “dovish” (brandas) de membros do Fed, sinalizando que os juros dos EUA podem se manter em novembro.

Entre outros indicadores dos EUA, os pedidos de auxílio desemprego totalizaram 209 mil na semana passada, praticamente em linha com a pesquisa Reuters de 210 mil.

No mercado de commodities, o dia é de ganhos para o minério e para o petróleo.

Os contratos futuros de minério de ferro subiram pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira, enquanto os investidores avaliavam as perspectivas de medidas adicionais para apoiar a enfraquecida economia da China contra os cortes na produção doméstica de aço e a incerteza sobre o setor imobiliário do país.

O contrato de referência de novembro na Bolsa de Cingapura SZZFX3 subiu 1,8%, a US$ 114,55 por tonelada. Já o contrato futuro de minério de ferro com vencimento em janeiro, mais negociado na bolsa de commodities de Dalian, da China, encerrou as negociações diurnas com alta de 1,6%, a 837 iuanes (US$ 114,71) por tonelada.

Para o petróleo, o brent futuro com entrega para dezembro avança cerca de 2%, a US$ 87,60 o barril. Na sessão, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) reduziu sua previsão de crescimento da demanda de petróleo em 2024, sugerindo que condições econômicas globais mais severas e o progresso na eficiência energética pesarão sobre o consumo.

Em seu relatório mensal divulgado nesta quinta-feira, a IEA projetou que a demanda por petróleo aumentará em 880.000 barris por dia (bpd) em 2024, abaixo de sua previsão anterior de 1 milhão de bpd, com base em preocupações econômicas mais amplas e uma adoção mais rápida de veículos elétricos, entre outras medidas de eficiência energética.

No entanto, a agência sediada em Paris, que assessora os Estados Unidos e outros países industrializados, aumentou sua previsão de demanda para 2023 para 2,3 milhões de bpd, em comparação com uma estimativa anterior de 2,2 milhões.

A Opep e seus aliados, conhecidos como Opep+, começaram a limitar o fornecimento de petróleo em 2022 para sustentar os preços.

Já a Opep manteve nesta quinta-feira sua previsão de crescimento relativamente forte da demanda global de petróleo em 2023 e 2024, citando sinais de uma economia mundial resiliente até o momento este ano e a expectativa de novos ganhos de demanda na China.

A demanda mundial de petróleo aumentará em 2,25 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, em comparação com o crescimento de 2,44 milhões de bpd em 2023, disse a Organização dos Países Exportadores de Petróleo em um relatório mensal. Ambas as previsões não sofreram alterações em relação ao mês passado.

Os investidores também seguem de olho no conflito entre Israel e Hamas. Israel disse nesta quinta-feira que não haverá exceções humanitárias ao seu cerco à Faixa de Gaza até que todos os seus reféns sejam libertados, após a Cruz Vermelha ter pedido que fosse permitida a entrada de combustível para evitar que hospitais sobrecarregados “se transformem em necrotérios”.

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