O Índice de Materiais Básicos da Bolsa (IMAT), que reúne pesos pesados da Bolsa, como a Vale (VALE3), se recupera neste mês de julho, mas segue como o único índice setorial com desempenho negativo no acumulado do ano. O IMAT acumula alta de 3,27% neste mês, entretanto recua 5,82% em 2023. Assim, entre todos os índices setoriais da B3 – (IFNC), (ICON), (IMOB), (UTIL) e (INDX) –, é o único com desempenho negativo. Basicamente, a retração vem acompanhada da desvalorização das commodities, neste primeiro semestre. Por outro lado, o índice Imobiliário (IMOB) segue como a maior valorização do ano, com alta de 40,31%, sendo que apenas em julho avança 0,93%. Dentro desta composição do IMOB se destacam as empresas do setor de construção civil, que se beneficiam da expectativa de redução dos juros e da retomada de programas habitacionais. Nesta sexta-feira (14), o IMAT fechou com queda de 0,40%, aos 5.473 pontos, encerrando a semana com alta de 1,3%. Já o IMOB recuou 2,65%, aos 925 pontos, terminando a semana com retração de 2,80%. Dentro deste contexto, o analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, traçou o cenário atual da composição dos dois índices – com maior ganho e maior perda do ano na Bolsa – com exclusividade ao InfoMoney. Confira o que esperar com base na análise técnica. Análise técnica: IMATEm relação ao IMAT, se observa um contexto positivo, diz Schrepel, com base na análise técnica, por conta de um “pequeno canal de alta desenvolvido e, além desse canal, o índice de materiais básicos conseguiu fechar acima de uma estrutura de resistência do 5.445,48, que já havia sido testada quatro vezes.” “Para que tenhamos a confirmação desse rompimento, é importante que o preço se mantenha acima dessa estrutura. Outro ponto positivo que podemos considerar no cenário atual, é o rompimento da MME200 (média móvel exponencial de 200 dias) que vinha servindo como resistência móvel”, afirma. No pregão do dia 13/7/23, o preço conseguiu fechar acima dessa média, dando uma condição favorável para permanecer dentro desse cenário mais otimista. Assim, a próxima resistência está em 5.606 (1), 5.678 (2) e 5.920 (3) – “esta última resistência seria um possível teste no teto do canal de alta de curto prazo.” Confira abaixo o gráfico diário do IMAT, de março de 2022 a julho de 2023: Além de todo o contexto do gráfico de preço, o especialista acrescenta que Índice de Força Relativa (IFR) também sinaliza força, ou seja, “quebrou a estrutura da região intermediária de 50 pontos e vem apontando para cima, indicando momentum para o índice.” “O cenário só volta para dentro de um viés negativo, caso ocorra a perda do suporte imediato em 5.300. Com isso, perderia o momentum e toda a força comentada, voltando para um nível mais de neutralidade. Além do suporte comentado, os próximos ficam localizados em 5.107 e 4.893″, afirma. Confira abaixo o gráfico semanal do IMAT, de maio de março de 2021 a julho de 2023: Masterclass As Ações mais Promissoras da Bolsa Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita Em relação ao médio prazo [veja gráfico semanal acima], o cenário é distinto em relação ao curto prazo [visto no gráfico diário]. Avaliando, assim, o gráfico semanal se vê o índice enfrentando uma barreira na MME72. “O gráfico deixou uma pequena sombra superior. Ou seja, o primeiro objetivo dentro desse tempo gráfico é não perder o apetite e rompe-lo. Com isso, abre-se espaço para buscar as próximas regiões, em 5.606 (1) e 5.678 (2). Confirmando esse movimento, teremos um fundo formado, abrindo ainda mais condição para permanecer dentro do zigue-zague ascendente”, conclui ele. IMAT: Confira os desempenho negativos em 2023
IMAT: Confira os desempenho positivos em 2023
Análise técnica: IMOBIndo para o IMOB, o analista avalia que, após o índice romper as regiões de resistência que estavam em 817.77 (1) e 867.58 (2), “não perdeu folego e permaneceu indo buscar a região de 952.06 – região esta que também já serviu como suporte e agora vem sendo utilizada como resistência.” “É indiscutível a tendência de alta que esse índice vem desempenhando, em nenhum momento perdeu a MME17 e cada vez mais foi ganhando força. Porém, nos últimos pregões vem tentando romper a região de resistência em 952.06 e não consegue”, aponta ele. “Isso começa a demonstrar um nível um pouco maior de preocupação na questão de o índice querer vir desenvolver um processo de correção, que também não seria nada de anormal, visto todo o movimento que IMOB engatou e não perdeu em nenhum momento a tendência”, acrescenta. Confira abaixo o gráfico diário do IMOB, de maio de 2020 a julho de 2023: Por outro lado, ele aponta que o IFR já começa a divergir do gráfico de preço. “Dentro desse oscilador, podemos observar divergência de baixa, enquanto o cenário de preço segue renovando as máximas. O indicador desenvolve o cenário oposto, realizando topos e fundos descendentes.” Neste sentido, indica ele, esse é um cenário que deve “ligar o sinal amarelo”, isso porque o IMOB está em forte região de resistência, “deixando candle com pavio superior e com um indicador que diverge do que vem sendo apresentado pelo preço.” Assim, o suporte imediato está em 912.65 e, perdendo essa região, o próximo está localizado em 867,58 (1) e 817,77 (2). “Caso tenhamos um falso sinal pelo IFR, e o índice efetue o rompimento da resistência em 952.06, e permaneça subindo, o próximo objetivo está em 1.004,58.” Confira abaixo o gráfico semanal do IMOB, de novembro de 2018 a julho de 2023: Enquanto isso, pelo gráfico semanal [bem acima], o IMOB vem subindo basicamente há dez semanas consecutivas, enfrentando agora mais uma região de resistência. “Um destaque positivo é que o índice finalmente deixou uma estrutura retangular para trás, trabalhando acima da antiga região de resistência.” No entanto, até o presente momento, aponta Schrepel, o candle que foi deixado na semana passada foi de indefinição, em uma região de resistência. “Este não é um sinal muito favorável. A permanência da alta, pelo contrário, pode demonstrar um cenário mais direcionado para uma possível correção no preço ou no tempo.” Por fim, o suporte do IMOB está em 912.65 e, caso seja superado, o próximo estará em 867,58. Do lado inverso temos a região de resistência em 952.06 (1) e 1.127,93 (2). “Além de todos esses pontos temos também um índice de força relativa dentro de uma região de sobrevenda, trabalhando acima de 70 pontos”, finaliza. IMOB: Confira os melhores desempenhos em 2023
IMOB: Confira os menores desempenhos em 2023
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