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Geral

Inflação e balanços nos EUA, audiência de conciliação do IOF, tarifas e mais

- 15/07/2025 8 Visualizações 8 Pessoas viram 0 Comentários
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Com os mercados em grande parte acostumados a um cenário tarifário em constante mudança, os holofotes se voltam nesta terça-feira (15) para os lucros de Wall Street, que podem revelar os impactos do conflito comercial nos resultados corporativos. Entre os grandes bancos que divulgaram seus balanços do segundo trimestre hoje estão JPMorgan Chase, Wells Fargo e Citigroup.

Os Estados Unidos terão uma agenda focada em discursos de autoridades do Federal Reserve (Fed) após a divulgação do índice de inflação referente a junho, às 9h30 (horário de Brasília). Entre os pronunciamentos estão membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), como Bowman, Barkin e Collins, além de Barr, vice-presidente de Supervisão do Fed, e Logan, que falará ao final do dia.

Por aqui, as atenções se voltam para a audiência de conciliação entre representantes do Executivo e do Legislativo sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), marcada para esta tarde no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Já a Comissão de Relações Exteriores discute respostas à alíquota de 50% anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para produtos brasileiros.

O que vai mexer com o mercado nesta terça

Agenda

Às 9h, o presidente Lula se reúne com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 11h, recebe a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. À tarde, às 14h40, tem encontro com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Em seguida, às 15h, se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe adjunto de Agenda, Oswaldo Malatesta. Às 16h, recebe o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, e, às 17h, encerra a agenda com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Às 17h30, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, tem reunião com Mafalda Duarte, Diretora Executiva do Fundo Verde do Clima (Green Climate Fund, GCF).

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, cumpre agenda em Brasília. Às 14h, recebe Arlindo Vergaças, sócio fundador da JGP Gestão de Recursos. Em seguida, às 16h, tem audiência com representantes da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Às 17h, se reúne com executivos da Zetta, Nubank, Mercado Pago, PicPay, Neon e Cora. Todos os compromissos são fechados à imprensa.

EUA

9h30 – Inflação (junho)

10h15 – Discurso de Bowman, Membro do FOMC

13h45 – Discurso de Barr, vice-presidente de Supervisão do Fed

14h – Discurso de Barkin, Membro do FOMC

15h45 – Discurso de Collins, do Fed

17h30 – Estoques de petróleo (API) semanal

20h45 – Discurso de Logan, do Fed

INTERNACIONAL

Negociação

Após o anúncio do tarifaço de 50% por Donald Trump, o Brasil avalia negociar a redução para 30% ou adiar a medida por até 90 dias. Também estuda propor cotas de exportação para produtos como café e laranja. Segundo a CNN, Lula orientou sua equipe a manter firmeza e sobriedade nas tratativas com os EUA. Para o presidente, Trump só respeita negociadores duros. A diplomacia brasileira e o setor empresarial devem adotar postura de defesa, sem ceder a pressões.

Se não houver acordo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que imporá “tarifas muito severas” de 100% à Rússia em 50 dias, caso não haja um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. Ele também alertou sobre tarifas secundárias a países que mantiverem relações comerciais com Moscou. Sentado ao lado do novo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, no Salão Oval, Trump declarou estar decepcionado com Vladimir Putin. As declarações influenciaram os mercados, com bolsas americanas operando de forma mista.

PIB da China

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou 5,2% entre abril e junho, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, acima da projeção de 5,1% dos economistas ouvidos pela Reuters. Apesar da surpresa positiva, o ritmo foi mais fraco que o crescimento de 5,4% registrado no primeiro trimestre.

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ECONOMIA

Recurso

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse em entrevista à Folha de S.Paulo que projeta R$ 250 bilhões em crédito habitacional em 2025. O recurso é graças a uma nova linha de financiamento para reforma com prazos de até oito anos e juros menores. O pacote, previsto para o segundo semestre, quer ampliar o crédito via SBPE e alcançar a classe média, com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. A Caixa também aposta em tecnologia, com o lançamento de um superapp, e planeja estrear no mercado de apostas (bets), com expectativa de arrecadar até R$ 7 bilhões em 2026. Vieira promete transformar o banco na maior fintech do Brasil.

Bets

As empresas de apostas esportivas (bets) vão apresentar nesta semana ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um relatório alertando para perdas de até R$ 2,8 bilhões na arrecadação caso o governo aumente a taxa de apostas de 12% para 18%. A ANJL estima que a elevação da alíquota pode levar operadoras a desistirem da regulamentação, gerando perdas de R$ 2,4 bilhões com outorgas e mais R$ 400 milhões em títulos públicos. O setor alerta para insegurança jurídica e teme retração, já que entre 60% e 70% das apostas ainda são feitas em plataformas não licenciadas.

POLÍTICA

Condenação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista. No documento, que tem 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, defende que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Lei da Reciprocidade

O presidente Lula assinou na segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, permitindo ao Brasil retaliar países que adotem barreiras unilaterais, como os EUA, que podem aplicar tarifas de 50% a produtos brasileiros a partir de agosto. A medida será publicada nesta terça (15) e, segundo o governo, só será usada se o diálogo com Washington fracassar. Um comitê emergencial foi criado, liderado por Geraldo Alckmin, para discutir saídas com o setor produtivo. Reuniões com indústrias e agronegócio ocorrem hoje. O Planalto diz que busca firmeza sem romper pontes.

Acordo parcial

Lideranças da Câmara indicam disposição para um acordo parcial sobre o decreto do IOF, desde que operações hoje isentas, como risco sacado e previdência VGBL, fiquem de fora da nova cobrança. A proposta será debatida nesta terça-feira (15) em audiência no STF, convocada por Alexandre de Moraes. Parlamentares veem nessas cobranças uma nova tributação, que exigiria aval do Congresso, enquanto o governo argumenta que se trata de operações de crédito. Um meio-termo pode destravar o impasse, mantendo a arrecadação sobre operações já tributadas, sem ampliar a base de cálculo.

“Não desisti”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha desistido de disputar as eleições presidenciais de 2026. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que segue inelegível, mas refutou informações divulgadas pela rádio Jovem Pan sobre uma eventual saída sua, do filho Eduardo Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro do cenário eleitoral.

Trama golpista

Em depoimento ao STF, Mauro Cid afirmou que Filipe Martins entregou a Jair Bolsonaro uma minuta com medidas para reverter o resultado das eleições de 2022. Segundo Cid, o texto previa a prisão de ministros do Supremo e de Rodrigo Pacheco, sendo modificado por Bolsonaro para manter apenas Alexandre de Moraes. Cid relatou que Martins digitou a versão alterada. A defesa de Martins nega autoria ou participação. As declarações reforçam a tese de divisão de tarefas na tentativa de golpe.

Relator

O ministro André Mendonça, do STF, será o relator da ação da defesa de Filipe Martins que busca suspender o inquérito da trama golpista de 2022, afastando Alexandre de Moraes pelo que a defesa de Martins chama de “conflito de interesse”. A defesa alega violação de direitos, como liberdade de expressão e ampla defesa, criticando medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica e restrições à comunicação de Martins. A petição sustenta que as oitivas impediram a produção de provas que poderiam inocentá-lo e minimizam seu papel no plano golpista. Martins foi preso preventivamente e é apontado como parte do “núcleo 2” da conspiração.

Provavelmente

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que “muito provavelmente” abrirá mão do mandato, permanecendo nos EUA até que Alexandre de Moraes “não tenha mais força para prendê-lo”. Em licença parlamentar até 20 de julho, ele disse que avalia não retornar ao Brasil, mesmo considerando uma eventual mudança para exercer o mandato remotamente. Eduardo é investigado por obstrução de Justiça e ataque ao Estado Democrático de Direito, além de suspeita de articular sanções internacionais contra ministros do STF.

Parlamentar italiana?

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) avalia disputar eleições na Itália caso não reverta sua condenação a dez anos de prisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Com cidadania italiana, ela considera se filiar a um partido local para concorrer caso não possa retornar ao Brasil por risco de prisão. A prioridade, segundo o advogado, é provar a inocência e voltar ao Brasil para seguir na política.

(Com Agência Brasil, Estadão e Reuters)




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