Em junho e no primeiro semestre do ano, o cenário de incertezas e aversão ao risco jogou a favor de quem é mais cauteloso com os investimentos em renda fixa, seja em títulos públicos ou corporativos, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O destaque da primeira metade do ano foi para os títulos privados remunerados pela taxa diária DI, acompanhados pelo índice IDA-DI, que subiu 6,95% no período após fechar junho com ganhos de 1,07%.
Já as debêntures incentivadas indexadas ao IPCA, representadas pelo IDA IPCA infraestrutura, tiveram queda de 0,65% em junho, mas acumularam ganho de 2,63% no ano. Por outro lado, as debêntures sem incentivo fiscal, no IDA Ex-Infraestrutura, se deram melhor: queda de 0,39% no mês e avanço de 2,89% no semestre.
O IDA, índice que engloba todas as debêntures, teve alta de 0,33% em junho e 5,12% no semestre.
Entre títulos públicos, destaque para as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), acompanhadas pelo índice IMA-S, com crescimento de 0,81% no mês e 5,32% no semestre. Nos prefixados, os de curto prazo (IRF-M 1) tiveram alta de 0,63% em junho e crescimento de 4,51% no semestre. Já os títulos de longo prazo (IRF-M 1+) tiveram queda de 0,72% no mês e avanço de 0,22% no ano.
No caso dos títulos indexados à inflação (NTN-Bs), o IMA-B 5, que acompanha os papéis com vencimento de até cinco anos, registrou alta de 0,39% em junho e rentabilidade positiva de 3,32% no semestre. Por outro lado, a carteira de ativos de maior duração, representada pelo IMA-B 5+, teve queda de 2,25% no mês e 5,04% no ano.
No geral, o índice IMA, que engloba todos os títulos da dívida pública, registrou uma variação de 0,05% em junho, acumulando um retorno de 2,42% no semestre.
Confira o desempenho dos investimentos em renda fixa em junho e no semestre: