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Economia

IPCA e Ata do FOMC: veja os pontos de atenção para Ibovespa, Dólar, Bitcoin e índices

- 07/07/2025 5 Visualizações 5 Pessoas viram 0 Comentários
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A semana começa sob forte atenção aos indicadores de inflação e atividade econômica, que devem orientar o sentimento dos mercados nos próximos dias. No Brasil, os destaques ficam por conta do IPCA de junho, considerado o principal termômetro da inflação, e das pesquisas do IBGE sobre comércio, serviços e produção industrial regional, que ajudarão a traçar um retrato mais claro do desempenho da economia no segundo trimestre. 

A divulgação do Relatório Focus, dados da produção e venda de veículos e o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) completam o quadro doméstico, podendo influenciar as projeções para a Selic e o crescimento do PIB.

No cenário internacional, o foco se volta para a ata da última reunião do FOMC, nos Estados Unidos, que pode oferecer novas pistas sobre os rumos da política monetária do Fed e a possibilidade de cortes de juros ainda em 2025.

A agenda também inclui dados de inflação da China — com o CPI e o PPI de junho — além do comportamento do consumo na zona do euro e na Alemanha, com destaque para as vendas no varejo e o índice de preços ao consumidor. 

Diante desse ambiente de expectativa global e indicadores domésticos sensíveis, os gráficos técnicos ganham protagonismo para antecipar potenciais movimentos nos principais ativos.

A seguir, veja a análise gráfica do Ibovespa, Dólar futuro, Nasdaq, S&P500 e Bitcoin e os pontos relevantes de suporte e resistência que podem direcionar o movimento dos preços nos próximos dias.

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Análise técnica do Ibovespa

O Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo, sustentado por uma sequência de topos ascendentes ao longo de 2025. No pregão da última sexta-feira (04), o índice renovou sua máxima histórica ao atingir os 141.563 pontos e fechou a semana com valorização de 3,21%, reforçando o viés altista.

No gráfico diário, o índice permanece acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas inclinadas para cima — sinal típico de força compradora. No entanto, o candle da última sessão formou um spinning top, padrão que indica indecisão e exige atenção. 

Para esta semana, será crucial acompanhar o comportamento na região do antigo topo, agora atuando como suporte em 140.381 pontos. A perda desse nível pode abrir espaço para uma correção mais ampla, com possíveis alvos nas médias de curto prazo, entre 138.360/137.670 pontos, e extensão até 136.140 pontos.

Caso o Ibovespa retome o fôlego comprador, a superação da resistência em 142.780 pontos pode impulsionar o índice rumo aos 144.800 pontos, com objetivo mais longo projetado em 147.615 pontos.

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Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do Dólar

O Dólar futuro mantém sua trajetória de baixa em 2025, dando continuidade ao movimento descendente iniciado no fim de 2024. Na última semana, o ativo renovou sua mínima do ano ao atingir os 5.437,5 pontos. No acumulado de julho, opera com leve queda de 0,33%, enquanto a desvalorização no ano já alcança 15,36%.

No gráfico diário, o cenário técnico segue favorável à ponta vendedora. As médias móveis de 9 e 21 períodos continuam inclinadas para baixo, reforçando o viés negativo. 

Além disso, o ativo perdeu a linha de retorno de seu canal de baixa e se aproxima de uma região crítica de suporte entre 5.416,5/5.380,5 pontos — um rompimento desse patamar pode abrir espaço para novas mínimas no ano. Caso essa faixa seja perdida, os próximos alvos passam a ser 5.320/5.275,5 pontos, com extensão até 5.137 pontos.

Na última sessão, houve uma leve alta de 0,14%, com o contrato fechando aos 5.455,5 pontos. Para reverter o atual movimento e sinalizar uma possível recuperação, será necessário retomar a região dos 5.514,5 pontos, onde também se encontra a média de 9 períodos. Acima desse nível, as resistências seguintes ficam em 5.595/5.620 pontos, com projeção mais longa em 5.652,5/5.672,5 pontos.

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Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira a análise dos minicontratos:

Análise técnica da Nasdaq

A Nasdaq segue em movimento de alta no curto prazo, sustentada pela força compradora que ganhou tração após o índice atingir sua mínima de 2025 nos 16.542 pontos. Desde então, o ativo vem renovando topos históricos — o mais recente registrado na quinta-feira (03), com nova máxima em 22.896 pontos

No encerramento de junho, o índice acumulou alta de 6,27%, enquanto em julho já avança 0,83%, somando uma valorização de 8,83% no ano, com o último fechamento em 22.866 pontos.

No gráfico diário, o índice permanece bem estruturado acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas inclinadas para cima, o que reforça o viés altista. O rompimento da máxima anterior sinaliza continuidade da tendência de alta. 

Para que esse movimento se sustente, será preciso superar a faixa dos 23.000/23.120 pontos. Vencido esse patamar, os próximos alvos projetados ficam em 23.850 pontos, com extensão até 24.485 pontos.

Por outro lado, para que o fluxo vendedor volte a ganhar força, será necessário romper a zona de suporte entre 22.385/22.222 pontos. A perda dessa região pode levar o índice a testar níveis mais baixos, com suportes em 21.460 pontos e, em caso de continuidade do movimento de baixa, nas faixas de 20.942/20.782 pontos.

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Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do S&P 500

O S&P 500 mantém um ritmo forte em 2025, após ter registrado sua mínima do ano nos 4.835 pontos. Desde então, o índice vem renovando máximas e demonstrando força compradora. 

Em junho, encerrou o mês com alta de 4,96%, enquanto em julho já avança 1,20%. No acumulado do ano, o desempenho é positivo em 6,76%, com o índice cotado atualmente a 6.279 pontos.

No gráfico diário, o ativo sustenta uma estrutura altista clara, reforçada pelo rompimento do topo histórico na quinta-feira (03), quando marcou nova máxima em 6.284 pontos. O índice segue sendo negociado acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas inclinadas para cima, o que reforça a continuidade do movimento de alta. 

Para manter esse ritmo, será necessário romper com volume a região de 6.300 pontos. Superando esse nível, os próximos objetivos passam a ser 6.500 pontos, com projeções estendidas em 6.830 e 7.160 pontos.

Por outro lado, uma possível reversão de curto prazo dependerá da atuação da ponta vendedora. Para isso, o índice precisaria perder a região de 6.147/6.059 pontos, zona de bipolaridade onde estão as médias móveis. Abaixo desse patamar, o suporte seguinte aparece em 5.945 pontos, e um novo rompimento pode levar o S&P 500 a buscar 5.843 pontos.

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Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira nossas análises:

Análise do Bitcoin

O Bitcoin segue em consolidação no curto prazo, negociando dentro de um intervalo definido entre o suporte em US$100.424 e a resistência em US$110.268, após ter registrado o topo histórico em US$ 111.917. Essa lateralização ocorre após o forte movimento de alta que marcou o primeiro semestre. No acumulado de 2025, o ativo sobe 17,44%, sendo cotado atualmente a US$109.666.

Nas últimas duas semanas, o Bitcoin voltou a mostrar força compradora, encerrando um ciclo de quatro semanas consecutivas de correção. Essa recuperação ocorreu após o ativo respeitar a média móvel de 9 períodos e fechar acima das médias de 9 e 21 períodos, o que reforça o viés altista de curto prazo. 

Para dar sequência ao movimento de alta, será necessário romper com volume a resistência em US$110.268. Acima desse nível, o próximo obstáculo será o topo histórico em US$111.917. Se houver rompimento, os alvos projetados se estendem até US$112.540/US$115.180, com objetivo mais amplo em US$121.200.

Por outro lado, caso a força compradora perca tração, o risco de retomada da correção aumenta caso haja rompimento do suporte em US$100.424. Abaixo desse ponto, o ativo poderá buscar US$92.950/US$91.590, com possível extensão até US$88.720, o que ampliaria a pressão vendedora no curto prazo.

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Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

IFR (14) – Ibovespa

O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção. Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

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Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)

Guias de análise técnica:

Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.




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