 Ataques militares israelenses mataram pelo menos 30 palestinos em toda a Faixa de Gaza no domingo, incluindo um alto funcionário do serviço de resgate e um jornalista, informaram autoridades de saúde locais. As mortes mais recentes na campanha israelense resultaram de ataques israelenses separados em Khan Younis, no sul, Jabalia, no norte, e Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, disseram médicos. Em Jabalia, disseram eles, o jornalista local Hassan Majdi Abu Warda e vários familiares foram mortos por um ataque aéreo que atingiu sua casa no início do domingo. Outro ataque aéreo em Nuseirat matou Ashraf Abu Nar, um alto funcionário do serviço civil de emergência do território, e sua esposa, que estavam em sua casa, acrescentaram médicos. A assessoria de imprensa do governo de Gaza, administrada pelo Hamas, afirmou que a morte de Abu Warda elevou para 220 o número de jornalistas palestinos mortos em Gaza desde outubro de 2023. O exército israelense afirmou em um comunicado que o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, visitou as tropas em Khan Younis no domingo, informando-as de que “esta não é uma guerra sem fim” e que o Hamas perdeu a maior parte de seus ativos, incluindo seu comando e controle. “Usaremos todas as ferramentas à nossa disposição para trazer os reféns de volta para casa, desmantelar o Hamas e desmantelar seu governo”, disse Zamir, segundo a citação. O comunicado não abordou os ataques de domingo. Mais tarde no domingo, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou em um comunicado que dois de seus funcionários — Ibrahim Eid e Ahmad Abu Hilal — foram mortos em um ataque a uma casa em Khan Younis no sábado. “A matança deles aponta para o número intolerável de civis mortos em Gaza. O CICV reitera seu apelo urgente por um cessar-fogo e pelo respeito e proteção dos civis, incluindo pessoal médico, de ajuda humanitária e de defesa civil”, acrescentou o comunicado do CICV. Em outro comunicado, a assessoria de imprensa de Gaza afirmou que as forças israelenses controlavam 77% da Faixa de Gaza, seja por meio de forças terrestres ou por ordens de evacuação e bombardeios que mantinham os moradores longe de suas casas. O braço armado do Hamas e da Jihad Islâmica afirmou, em comunicados separados no domingo, que combatentes realizaram várias emboscadas e ataques com bombas e foguetes antitanque contra as forças israelenses que operavam em diversas áreas de Gaza. Na sexta-feira, o exército israelense afirmou ter realizado mais ataques em Gaza durante a noite, atingindo 75 alvos, incluindo instalações de armazenamento de armas e lançadores de foguetes. Israel lançou uma guerra aérea e terrestre em Gaza após o ataque transfronteiriço de militantes do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas, segundo estimativas israelenses, e sequestrou 251 reféns em Gaza. O conflito já matou mais de 53.900 palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza, e devastou a faixa costeira. Grupos de ajuda humanitária afirmam que os sinais de desnutrição grave são generalizados.
|