Israel pode responder ao grande ataque de mísseis balísticos feito pelo Irã na terça-feira atacando nos próximos dias a infraestrutura estratégica do país, como plataformas de gás ou petróleo. Ataques diretos a instalações nucleares do Irã também são possibilidades, informou o site Axios nesta quarta-feira (2), citando autoridades israelenses. Assassinatos seletivos e ataques aos sistemas de defesa aérea do Irã também são respostas possíveis, informou a Axios. O jornal The Times of Israel lembra que um ataque às instalações petrolíferas iranianas poderia devastar a economia do país, e qualquer uma das respostas consideradas poderia marcar outra escalada, quase um ano após o início da guerra em curso que começou quando o grupo terrorista Hamas atacou Israel em outubro de 2023. Segundo a mídia local, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve convocar uma reunião ainda hoje para discutir possíveis respostas ao ataque, que consistiu em cerca de 181 mísseis balísticos disparados diretamente contra Israel desde o Irã, quase todos interceptados enquanto israelenses em todo o país se escondiam em abrigos antiaéreos. A decisão de retaliar o ataque foi tomada após uma reunião do gabinete de segurança israelense que durou horas e que foi realizada em um bunker sob Jerusalém na noite de terça-feira. Essa reunião terminou com o entendimento de que Israel responderia ao ataque militarmente, mas sem detalhes sobre como o faria, informou a Axios. A ausência de uma decisão mais específica foi em parte devido ao desejo de coordenar os planos com os Estados Unidos. Netanyahu deve falar sobre o assunto com o presidente dos EUA, Joe Biden, na tarde desta quarta-feira. Em abril, o Irã também disparou cerca de 300 mísseis e drones contra Israel, depois que um ataque aéreo matou vários generais iranianos em Damasco. Embora a suposta resposta de Israel a esse ataque tenha sido contida, analistas disseram aos meios de comunicação na quarta-feira que Israel provavelmente será mais agressivo desta vez.
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