Unidades regulares de infantaria e blindados de Israel se juntaram nesta quarta-feira (2) à ofensiva terrestre no Líbano, segundo informações das Forças Amadas israelenses. Os militares também ampliaram o número de vilas e cidades que devem ser evacuadas enquanto os combates prosseguem. No início da tarde (horário local), as forças de defesa (IDF, na sigla em inglês) anunciaram a morte de um oficial durante a ofensiva contra o Hezbollah, a primeira fatalidade da operação terrestre. O militar foi identificado como o capitão Eitan Itzhak Oster, de 22 anos. Ele foi morto durante uma batalha com agentes do Hezbollah em uma vila no sul do Líbano. Enquanto isso, o site libanês Al-Mayadeen informou que os militares israelenses realizaram ataques em Chouaifet, um subúrbio ao sul de Beirute, perto da área de Dahiyeh, relato que foi confirmado por outra fonte de informações, a rede Aljadeed. O ministro das telecomunicações do Líbano, Johnny Corm, disse no X que uma torre de transmissão de celular havia sido destruída. Segundo a Reuters, o acréscimo de tropas de infantaria e blindadas da 36ª Divisão de Israel, incluindo a Brigada Golani, a 188ª Brigada Blindada e a 6ª Brigada de Infantaria, sugere que a operação pode ir além de ataques limitados de comandos. Os militares disseram que sua incursão tem como objetivo principal destruir túneis e outras infraestruturas na fronteira e que não havia planos para uma operação mais ampla visando Beirute ou as principais cidades do sul do Líbano. O Hezbollah disse na quarta-feira que estava entrando em confronto com as tropas israelenses na cidade fronteiriça de Maroun el-Ras, depois de ter empurrado as forças para perto de outra cidade fronteiriça. O grupo afirmou que também havia disparado foguetes contra postos militares dentro de Israel. Os alarmes de ataques de foguetes foram disparados várias vezes na Galileia nesta quarta-feira. Segundo as IDF, cerca de 40 foguetes foram lançados do Líbano na área de Safed e vários drones foram abatidos pelas defesas aéreas. O chefe de mídia do Hezbollah, Mohammad Afif, disse que as batalhas de hoje foram apenas “a primeira rodada” e que o grupo tinha combatentes, armas e munição suficientes para fazer Israel recuar. Cerca de 1.900 pessoas foram mortas e mais de 9.000 ficaram feridas no Líbano em quase um ano de combates fronteiriços, sendo o maior número nas últimas duas semanas, de acordo com estatísticas do governo libanês. Mais de um milhão de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas. (Com Reuters)
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