![]() O próximo Investor Day do Itaú (ITUB4) ocorre na próxima terça-feira (2), com os investidores bem de olho no que se atentar durante o evento. O primeiro ponto são as possíveis melhorias de eficiência, uma vez que o Itaú mantém seu foco em custos, e há espaço para avanços, de acordo com o relatório. No Itaú Day do ano anterior, a administração do banco informou que as iniciativas de eficácia tinham o foco de melhorar a relação de custo/receita. Outra menção foi que esse aspecto não limitaria a capacidade de reinvestimento no negócio. “Acreditamos que isso se tornou um ponto de interesse crescente para investidores que veem espaço para melhorar a eficiência, o que pode gerar valorização da lucratividade”, diz o relatório do Goldman Sachs. Vale destacar que o Itaú diminuiu sua rede de agências nos últimos anos, mas numa velocidade mais “modesta” do que outros bancos do setor privado no país. Ainda, a base de funcionários cresceu, em parte, em função de sua exposição fora do Brasil e do aumento expressivo de funcionários de tecnologia, o que, na visão do Goldman Sachs, é um potencial de melhorias de eficiência e possibilidade de lucratividade no longo prazo. Outro foco é o One Itaú, que também pode ser uma área de interesse para investidores. O banco já havia mencionado que tinha o objetivo de trazer um produto único e consolidado para toda a base de clientes através do One Itaú. O relatório aponta que isso pode colaborar no controle de custos e no aumento da geração de receita com clientes ao melhorar a principalidade. A iniciativa foi mencionada pela primeira vez no Itaú Day 2023 para interligar todo o ecossistema digital da companhia em uma única plataforma, com a proposta de levar um “banco completo” aos clientes. O app tem entregado resultados saudáveis, segundo o relatório, com mais de 10 milhões de clientes migrando para o SuperApp até o segundo trimestre de 2025. O último ponto de discussão é sobre a geração de capital do Itaú, com Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) acima de 23% e o índice CET1 [que compara o capital de um banco com seus ativos ponderados pelo risco] de 13,1% no segundo trimestre deste ano, que deve levar ao banco a continuar pagando dividendos adicionais. Além disso, devido à possível reforma tributária, investidores podem se perguntar se o banco anteciparia dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP). “O banco teve um payout [fração do lucro líquido que uma empresa paga aos seus acionistas em dividendos] de 70% em 2023 e 2024, e projetamos outro payout de 66% em 2025, para um rendimento de dividendos implícito de 7,5% neste ano”, diz o relatório. O Goldman Sachs aponta que como o índice CET1 está bem acima do mínimo exigido, há a estimativa que, caso o banco atingisse seu mínimo de 12,0%, poderia aumentar o payout para 82% este ano, para um rendimento de dividendos implícito de 9,5%. A ação está sendo negociada a 8,0 vezes o preço sobre lucro (P/L) esperado para 2026, acima da média de pares do setor privado brasileiro na cobertura do Goldman Sachs, o preço-alvo de 12 meses é de R$ 42 por ação, que implica potencial de valorização de 14% em relação ao fechamento de terça-feira (26) e o rendimento de dividendos de 8%, com possível valorização. |
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