![]() O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa definir se seguirá o caminho do diálogo ou do confronto com o Congresso Nacional. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira (3). “O Congresso não pode ser alvo preferencial do ministro da Fazenda, se é o Congresso que dá sustentabilidade a esse governo desde a PEC da Transição”, disse o senador, em referência às críticas recentes de Fernando Haddad à resistência parlamentar em aprovar medidas fiscais. “Fica claro que o PT não tem uma base para chamar de sua nem condições de impor uma agenda, mas tenta fazer isso à força”, acrescentou. Para Efraim, o Executivo precisa mudar de postura se quiser preservar a governabilidade. “Agora é a hora de o governo decidir se parte para o diálogo ou insiste no enfrentamento.” Saída do PDTO senador também apontou sinais de fragilidade na articulação política do governo, como a recusa do líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), em assumir o Ministério das Comunicações. Segundo ele, a decisão do deputado foi motivada pelo momento político da bancada. “Pedro Lucas havia acabado de assumir a liderança. Em conversas conosco, disse que gostaria de assumir o ministério em outro contexto.” A recente saída do PDT da base aliada também foi citada como um fator que “enfraquece ainda mais essa base vinculada às pautas tradicionais do PT”. Posicionamento para 2026Efraim destacou que a federação entre União Brasil e PP, formalizada nesta semana, deve consolidar uma postura mais independente em relação ao Planalto. “PP e União avançam na identidade e com aspecto majoritário de centro-direita. São partidos que contribuem com a governabilidade em temas econômicos, mas se preservam em relação a pautas de comportamento”, explicou. Segundo ele, a aliança “traz mais autonomia” e elimina qualquer risco de “subserviência ou submissão ao governo”. O senador confirmou que o União Brasil mantém a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República em 2026. Efraim elogiou os “resultados expressivos na segurança pública” do Estado e destacou o perfil de articulação política de Caiado. “Ele tem a missão de se viabilizar neste ano de 2025. Mas existe espaço para dialogar com a centro-direita sobre alianças”, disse. O líder do União Brasil também avaliou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é hoje o nome mais competitivo da direita. “Tarcísio traz o eleitor bolsonarista e o de centro também. Isso é decisivo para vencer as eleições”, afirmou. |
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