![]() O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (17) manter quase integralmente o decreto do governo federal que elevou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A única exceção foi a revogação da tributação sobre operações conhecidas como “risco sacado”, modelo usado principalmente no varejo para antecipação de pagamentos a fornecedores via bancos. A decisão ocorre após semanas de impasse entre Executivo e Congresso Nacional, que culminou em uma tentativa de conciliação no STF, mas sem acordo. Leia mais: IOF: veja como ficam as novas alíquotas após decisão de Moraes Moraes havia suspendido temporariamente os decretos do governo e o decreto legislativo do Congresso que anulava as medidas, marcando uma audiência de conciliação em 15 de julho. Com a falta de consenso, o ministro revogou a suspensão e confirmou a decisão do Congresso, encerrando o aumento do IOF sobre o risco sacado. Linha do tempo da batalha do IOF:
O aumento do IOF foi proposto para equilibrar as contas públicas e cumprir as regras do arcabouço fiscal, com impacto maior sobre os mais ricos, segundo o governo. A oposição critica a medida, argumentando que o ajuste fiscal deve vir de cortes de despesas e que o imposto aumentaria o custo de produção no país. Economistas destacam que o Congresso tem dificultado o ajuste fiscal ao manter benefícios tributários que reduziram a arrecadação, como a desoneração da folha de pagamentos e programas emergenciais para setores específicos. Para especialistas, medidas como a redução das emendas parlamentares seriam mais eficazes para o equilíbrio das contas públicas. |
Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *