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Judiciário

Lula define estratégia para mitigar tarifa dos EUA e proteger exportações, diz jornal

- 31/07/2025 12 Visualizações 12 Pessoas viram 0 Comentários
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu ministros nesta quinta-feira (31), no Palácio do Planalto, para discutir os próximos passos da resposta brasileira às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais.

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, o governo decidiu abandonar a ideia de um pacote único de medidas e, em vez disso, adotar uma estratégia de anúncios pontuais, à medida que as negociações com o governo de Donald Trump avançam.

De acordo com interlocutores do Planalto ouvidos pelo jornal, o entendimento é que o Brasil já entrou em uma nova fase de tratativas com os EUA desde o anúncio oficial da sobretaxa, e que há espaço para conquistar flexibilizações e exceções, especialmente setoriais. O histórico de negociações de Trump com países como a China embasa essa expectativa.

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O plano de contingência econômico, que estava em preparação, será ajustado para priorizar medidas de impacto direto nos segmentos mais afetados, com foco na preservação de empregos e na competitividade das exportações.

Participaram da reunião no Planalto os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (AGU), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério da Indústria, representando o vice-presidente e titular da pasta, Geraldo Alckmin.

A expectativa é que as medidas sejam divulgadas ao longo dos próximos dias, conforme o avanço dos diálogos entre a equipe de Alckmin e representantes dos setores empresariais mais atingidos pela medida norte-americana.

No encontro, Lula pediu detalhes sobre os impactos econômicos da tarifa e sobre as ferramentas disponíveis para mitigá-los. A principal preocupação, segundo o jornal, é evitar a perda de postos de trabalho e garantir a sobrevivência de empresas que dependem do mercado americano.

Negociação estritamente econômica

Apesar do impacto geopolítico da decisão americana — motivada, em parte, por críticas ao Supremo Tribunal Federal, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes — o governo mantém a posição de que a negociação com os EUA será estritamente econômica. A defesa das instituições brasileiras e da soberania nacional não estará na mesa de negociações.

A inclusão de Moraes nas sanções da chamada Lei Magnitsky não foi discutida na reunião ministerial. Ainda assim, segundo fontes ouvidas pelo O Globo, Lula reiterou que considera a justificativa política para o tarifaço inaceitável. A posição do governo é clara: não se admite ingerência externa sobre decisões internas do Judiciário brasileiro.




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