![]() O CEO da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, foi demitido nesta terça-feira (14), logo após a divulgação dos resultados da empresa do primeiro trimestre, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo federal é acionista majoritário, com poder de escolha para o cargo de presidente da Petrobras. Segundo o jornal O Globo, Prates se despediu nesta tarde de seus diretores e comunicou à equipe que Magda Chambriard será a nova presidente da Petrobras. Ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff. Petrobras confirma saída de PratesLogo após as primeiras informações publicadas na imprensa, em fato relevante, a Petrobras confirmou a saída de Prates. Confira o comunicado: “A Petrobras informa que recebeu nesta noite de seu Presidente, Sr. Jean Paul Prates, solicitação de que o Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada. Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras.” CEO sai após processo de frituraA saída de Prates acontece pouco mais de um mês após o executivo balançar no cargo. Ele acabou permanecendo na posição, mas sem a certeza de que se manteria por muito tempo – o que acabou se concretizando. A crise começou quando a empresa informou que não faria o pagamento de dividendos extraordinários, no começo de março. Por trás da decisão estaria a intenção do governo em ampliar os seus investimentos. Prates sofreu pressão, ao longo de seu mandato, para que a Petrobras investisse mais em gás natural e acelerasse investimentos de interesse do governo, como no setor de fertilizantes e na indústria naval. Em meio a esse processo, Prates entrou em rota de colisão o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. Nesse meio tempo, o nome de Aloizio Mercadante chegou a ser ventilado ao cargo de Prates. Após tudo isso, a Petrobras acabou decidindo que iria fazer o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários, fruto do lucro obtido pela companhia no ano passado. Esse era o valor defendido por Prates e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – cifra que irá ajudar o governo a fechar as contas neste ano. O restante também deverá ser distribuído na forma de dividendos, mas a decisão ocorrerá ao longo deste ano, segundo a diretoria da companhia. |
Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *