O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), qualificou diversos empreendimentos públicos federais, sobretudo do setor portuário, para fazer parcerias com a iniciativa privada ou desestatizá-los no âmbito do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). O maior é um terminal de 134 mil m² no porto de Fortaleza (CE), mas há também um terminal de 51 mil m² no Porto de Santos (SP) e até o canal de acesso ao porto de Rio Grande (RS). Ao qualificar um equipamento público para o PPI, o governo dá tratamento prioritário ao projeto, para fazer parcerias com o setor privado. O PPI foi criado pelo então presidente Michel Temer (MDB), em 2016, para ampliar a interação do Estado com a iniciativa privada, por meio de contratos de parceria e de outras medidas de desestatização. O órgão é vinculado à Casa Civil, atualmente comandada pelo ministro Rui Costa (PT). Em fevereiro do ano passado, o secretário especial do PPI, Marcus Cavalcanti, afirmou ao InfoMoney que o governo federal não descartava a privatização de ativos de infraestrutura, apesar de ter clara preferência pelas Parcerias Público Privadas (PPPs). Os decretos foram publicados nesta quarta-feira (24) no Diário Oficial da União, um dia após o governo fazer uma cerimônia pública para marcar a prorrogação do “Reporto” (Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária). Durante o evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) disse que a medida “desonera investimentos” e que esta “é a espinha dorsal da nossa reforma tributária”. O primeiro decreto de Lula qualifica os seguintes empreendimentos do setor portuário ao PPI:
Um segundo decreto qualifica mais empreendimentos do setor:
Os decretos de Lula seguem recomendação da resolução 278 do conselho do PPI, de 21 de junho de 2023, que opinou por incluí-los no programa. O documento é assinada pelo ministro Rui Costa, presidente do conselho. Exército no PPI O governo também editou um terceiro decreto hoje, para qualificar três equipamentos do Exército para o PPI: o Museu Histórico do Exército Brasileiro e o Forte de Copacabana, que ficam no Rio de Janeiro, e áreas do Centro de Instrução de Guerra na Selva do Exército Brasileiro, no Amazonas. (Com Estadão Conteúdo) |
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