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Judiciário

Lupi descarta deixar Ministério da Previdência após demissão do presidente do INSS

- 24/04/2025 15 Visualizações 15 Pessoas viram 0 Comentários
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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira (24) que não pretende deixar o governo após a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que é alvo de uma investigação que apura um suposto esquema de desvios de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões. ‘Nenhuma chance de sair’, disse Lupi ao Poder360.

Stefanutto havia sido indicado ao cargo por Lupi e presidia o INSS desde julho de 2023. Na quarta-feira (23), após ser alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da CGU, ele pediu demissão do cargo.

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A decisão ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitar a exoneração de Stefanutto, que foi oficializada no Diário Oficial da União como uma ordem do chefe do Executivo. A Justiça Federal já havia determinado o afastamento preventivo de Stefanutto do cargo.

Segundo demitido

Stefanutto é o segundo presidente do INSS a deixar o cargo no governo Lula. O primeiro, Glauco Wamburg, saiu em junho de 2023, também em meio a denúncias de irregularidades. Na quarta-feira, Lupi assumiu a responsabilidade pela indicação de Stefanutto, mas reiterou que não há motivo para se afastar do Ministério.

Entenda a operação

A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) na quarta-feira (23 de abril), investiga um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, vinculados a convênios com entidades sindicais e associativas.

As apurações indicam que R$ 6,3 bilhões foram desviados entre 2019 e 2024 por meio de cobranças não autorizadas de mensalidades associativas. Segundo a CGU, a maioria dos aposentados ouvidos não reconheceu ou autorizou os débitos, e diversas entidades não tinham a estrutura mínima necessária para prestar os serviços oferecidos.

Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária em 13 estados e no Distrito Federal. A Justiça também determinou o afastamento de seis servidores do INSS, incluindo o então presidente Alessandro Stefanutto, que pediu demissão horas depois, a pedido do presidente Lula.

O governo também suspendeu os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com as entidades envolvidas no esquema e criou um grupo especial na AGU para tentar recuperar os valores desviados.




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