IMG-LOGO
Geral

Mais escassa, prata sobe e se aproxima de maior valor em quase 14 anos

- 14/07/2025 5 Visualizações 5 Pessoas viram 0 Comentários
image 1

A prata subiu perto do maior nível em quase 14 anos nesta segunda-feira (14), impulsionada pela busca de investidores por alternativas ao ouro, que está próximo de máximas históricas, e pelo aperto na oferta física do metal.

O preço à vista da prata avançou até 1,9%, superando US$ 39 por onça, após um ganho de 4% na semana passada. O custo anualizado implícito para empréstimo do metal por um mês saltou para mais de 6%, bem acima da taxa típica próxima de zero.

Leia também
image 2

Bitcoin rumo aos US$ 140 mil? Veja por que BlackRock e traders estão otimistas

O Bitcoin, segundo analistas de mercado, vive um momento positivo impulsionado por uma série de fatores regulatórios, institucionais e macroeconômicos

image 3

Dólar hoje avança com novas ameaças tarifárias de Trump

No fim de semana, o Trump anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre produtos importados da União Europeia e do México, com vigência a partir de 1º de agosto

O aumento da demanda tem pressionado o mercado físico, especialmente em Londres, onde a maior parte da prata está vinculada a fundos de índice (ETFs), o que a torna indisponível para empréstimo ou venda. Desde fevereiro, o volume de prata nos ETFs cresceu cerca de 2.570 toneladas, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A prata tem superado o desempenho do ouro, o que reduziu a razão entre os dois metais nos últimos meses. Ainda assim, historicamente a prata continua barata: atualmente, são necessárias cerca de 86 onças de prata para comprar uma onça de ouro, frente à média de 80 dos últimos dez anos.

“A demanda por prata está sendo impulsionada pelo temor de guerras comerciais e pelo fato de o ouro estar muito caro para muitos investidores”, disse Priyanka Sachdeva, analista da Phillip Nova Pte Ltd. “O ouro já teve uma forte valorização e agora está caro, o que torna a prata uma alternativa mais acessível”, completou.

As preocupações com a política comercial dos EUA também sustentam os preços. O México, maior produtor de prata e fornecedor chave para os EUA, está sob ameaça de tarifas de 30%. Embora o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) isente a prata das novas tarifas, alguns operadores temem que essa isenção possa ser revista.

A diferença entre os contratos à vista em Londres e os futuros para setembro em Nova York também estava amplamente desfavorável, situação parecida com o início do ano, quando temores sobre políticas agressivas de Trump causaram um aumento nas remessas de ouro e prata de Londres para os EUA, elevando os preços. Essa diferença de preços diminuiu nesta segunda.

A prata acumula alta de 35% no ano, superando o ganho de 28% do ouro. Além de ativo de proteção, a prata tem uso industrial, especialmente na produção de painéis solares. O mercado caminha para o quinto ano consecutivo de déficit, segundo o The Silver Institute.

Às 9h24 desta segunda, a prata era negociada a US$ 38,46 por onça, estável após ter subido até 1,9% mais cedo.

Enquanto isso, o ouro recuava 0,2%, a US$ 3.347,81, após alta de 0,6% na semana passada. Os preços do metal precioso têm sido apoiados pela demanda como porto seguro diante de conflitos geopolíticos e tensões comerciais, além das compras de bancos centrais.

Já o platina e o paládio recuaram nesta segunda, enquanto o índice Bloomberg Dollar Spot avançava 0,1%.

©2025 Bloomberg L.P.




Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *