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Mais R$ 10 bilhões em LCDs: vale a pena investir na nova renda fixa?

- 19/02/2025 10 Visualizações 10 Pessoas viram 0 Comentários
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Na semana passada, o vice–presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou a emissão de mais R$ 10 bilhões em Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD) depois que o limite inicial foi consumido pelos bancos. O novo produto da renda fixa está disponível para o investidor pessoa física, mas vale a pena investir nas LCDs em 2025? 

O título foi rapidamente abraçado pelo mercado. A nova opção somou R$ 9,48 bilhões em emissões em 2024 com pouco mais de um mês de operação, já que a regulamentação do papel aconteceu só no final de novembro. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o principal responsável pelas emissões, com volume de R$ 9,07 bilhões no ano passado. O ativo só pode ser emitido por bancos de desenvolvimento e outras três instituições têm autorização para lançar LCDs: Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

Mayara Rodrigues, analista de renda fixa da XP, diz que a procura do investidor pessoa física pelas LCDs vem aumentando. Para ela, a isenção de IR para esse público e a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) são atrativos para conquistar investidores. 

Leia também: Por que os investidores preferem CDBs ao Tesouro Direto? Qual o melhor em 2025?

“Consideramos que o produto seja interessante para compor a parcela pós-fixada dos portfólios, uma vez que pode trazer baixa volatilidade, já que a maioria dos títulos é indexada ao CDI”, diz a analista da XP.

Quanto rendem as LCDs?

Como as LCDs são isentas de Imposto de Renda, é preciso aplicar o conceito de gross up com uma fórmula que adiciona uma alíquota de IR a investimentos isentos para, então, comparar com alternativas tributáveis. A conta é simples: Rentabilidade com gross up = rendimento líquido / (1 – Imposto de Renda). 

Rodrigues diz que é comum encontrar LCDs que pagam entre 85% do CDI e 95% do CDI nos vencimentos entre um e quatro anos. Fazendo o gross up, os 85% do CDI com vencimento em um ano equivalem a um CDB (que paga IR) com taxa de 103% do CDI. 

“O cenário de juros altos permite rentabilidade elevada para o carrego desses papéis, com baixo risco de crédito se respeitado o limite do FGC”, destaca a especialista da XP. 

Baixa liquidez

Um dos fatores que o investidor precisa considerar na decisão de investir em uma LCD é que o papel tem liquidez limitada, assim como outros ativos bancários – CDBs, LCIs, LCAs. Mayara Rodrigues explica que “os títulos bancários não possuem um mercado secundário aquecido”, logo, o investidor pode ter dificuldades de sair da aplicação em papéis que não oferecem liquidez diária. 

Por isso, a analista de renda fixa destaca a importância de avaliar o prazo das LCDs e alinhar os vencimentos com o objetivo da aplicação. 

Leia também: 4 erros para evitar ao investir em renda fixa em 2025, segundo a XP

Onde comprar as LCDs?

As corretoras participam de leilões para adquirir os lotes de LCDs e, depois, distribuir para o investidor pessoa física. A XP foi a primeira corretora a oferecer as Letras de Crédito do Desenvolvimento, lembra Thiago Manso, responsável pela plataforma de renda fixa da casa. 

“A adesão tem sido robusta, impulsionada pela familiaridade dos clientes com produtos similares, como LCIs e LCAs, e pelas condições atuais de mercado, que aumentam a procura por segurança”, diz Manso.




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