 Os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) retiraram suas candidaturas à Presidência do Senado neste sábado (1). Ao retirar sua candidatura, do Val disse que o que está em jogo não é apenas a liberdade de expressão, mas a independência do Congresso Nacional. Ele destacou que é alvo de censura por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com conivência da Mesa atual do Senado. O candidato disse que defende a democracia, embora tenha sido submetido a medidas inconstitucionais que ferem direitos garantidos pela Constituição, com redes sociais bloqueadas, salários embargados, suspensão de passaporte diplomático e multas. Marcos do Val defendeu ainda a atuação de um Congresso independente e corajoso. Já Soraya Thronicke disse que a renúncia se trata de “uma estratégia” e “um ato de coragem”, pois às vezes é preciso recuar para poder dar vários passos para a frente. Soraya pediu a Davi Alcolumbre (União-AP), favorito a vencer a disputa, um compromisso com as pautas da bancada feminina. “Em seu discurso como candidata, a senadora defendeu que o Senado se aproxime mais da população brasileira. E cobrou maior representatividade feminina nas mesas legislativas do país, ao lembrar que nunca uma mulher presidiu o Senado ou a Câmara dos Deputados. Soraya destacou o fato de que a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) será a primeira mulher a ocupar a Primeira-Secretaria da Casa. A senadora também pregou maior equilíbrio entre os Poderes, “pois a democracia e as instituições são maiores que as narrativas”. “A instituição Senado precisa estar acima de cada um de nós aqui”, declarou. (com Agência Senado)
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