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McDonald’s: surto de bactéria derruba ação com novo revés em meio a cenário difícil

- 23/10/2024 9 Visualizações 7 Pessoas viram 0 Comentários
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(Reuters) – As ações do McDonald’s caíam cerca de 5% no final da manhã desta quarta-feira, pressionadas por um surto da bactéria E. coli nos Estados Unidos ligado ao sanduíche “Quarter Pounder”. Uma pessoa morreu e outras 49 ficaram doentes no país.
O surto foi relatado em 10 Estados dos EUA e pelo menos 10 pessoas foram hospitalizadas, informou o Centro de Controle de Doenças dos EUA na terça-feira. Os casos começaram a ser registrados no final de setembro e continuaram em outubro.


“Esse susto com a saúde pública é a última coisa de que o McDonald’s precisa, uma vez que já está enfrentando dificuldades para impulsionar crescimento”, disse Susannah Streeter, anaista da Hargreaves Lansdown.


A cepa da bactéria E. coli O157:H7 que levou ao surto no McDonald’s pode causar doenças graves e é a mesma ligada a um incidente ocorrido em 1993 na rede de fastfood norte-americana Jack in the Box, que matou quatro crianças.


O surto pode ter sido causado pelo uso de cebolas cortadas em rodelas usadas no sanduíche. O ingrediente é proveniente de um único fornecedor que atende a três centros de distribuição, disse o McDonald’s com base em estudos iniciais.


No passado, dois importantes surtos de E. coli – na rede de fastfood Chipotle Mexican Grill em 2015 e na Jack in the Box em 1993 – prejudicaram significativamente as vendas das empresas.


A Chipotle levou um ano e meio para se estabilizar, enquanto as vendas da Jack in the Box caíram por quatro trimestres consecutivos, disse Brian Vaccaro, analista da Raymond James.

“Problemas de segurança alimentar são lamentáveis ​​neste setor, e nossos pensamentos estão com os afetados. O MCDonald’s tem geralmente um bom histórico em segurança alimentar globalmente e se concentrado muito nisso. Se o problema estiver de fato restrito a um único fornecedor de vegetais, conforme observado, achamos que esse é provavelmente o melhor resultado neste tipo de situação. Isso não sugere um problema de processo em restaurantes ou um problema com o fornecimento de carne bovina, que pode ser mais amplo e, às vezes, mais grave”, avalia o Morgan Stanley.

Como tal, embora isso crie algumas questões de negócios no curto prazo em mercados selecionados, o Morgan não acredita que isso seja uma ameaça de médio/longo prazo à estabilidade ou reputação dos negócios da rede de fast-food. “Não esperamos um impacto em outros mercados se isso for realmente confinado a um fornecedor específico dos EUA. Dito isso, gostaríamos de observar que a investigação ainda está evoluindo, e mais casos podem surgir”, aponta o Morgan.


Os analistas disseram que as vendas do McDonald’s no quarto trimestre podem sofrer alguma pressão devido à contaminação, mas é muito cedo para dizer se será pior do que os dois casos anteriores de E. Coli.


“Embora seja cedo, o precedente histórico sugere que as pressões das vendas comparáveis podem diminuir rapidamente e se mostrarem transitórias, presumindo-se que não haja recorrência”, disse Andrew Strelzik, analista da BMO Capital Markets.


O McDonald’s divulgou em julho uma primeira queda trimestral de vendas em mais de três anos.


A ação da empresa para identificar rapidamente a fonte da contaminação e reabastecer os suprimentos deve resolver o problema”, disseram analistas do JPMorgan, acrescentando que não esperam que o caso “engula os EUA ou o mercado internacional”.


O McDonald’s disse que removeu as cebolas cortadas e os hambúrgueres usados no Quarter Pounder e suspendeu temporariamente a venda nas lojas das áreas afetadas.

O Goldman Sachs também apontou que, uma vez que o caso parece ser relacionado mais ao uso de cebolas cortadas em rodelas usadas no sanduíche de um único fornecedor e não às carnes, empresas de proteínas não devem ser diretamente afetadas. JBS (JBSS3) e National Beef (da Marfrig MRFG3) são algumas das fornecedoras de carne bovina do McDonald’s nos EUA.

(com Reuters)




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