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Mercado de acesso da Bolsa prepara estreia nas corretoras com tokens de ações

- 17/10/2023 21 Visualizações 21 Pessoas viram 0 Comentários
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Forte nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, o mercado de acesso de ações ainda engatinha no Brasil, mas está um passo mais perto da carteira do investidor. Até o final do ano, as duas primeiras corretoras devem finalizar a integração com os sistemas da BEE4, única entidade no País além da B3 com licença para negociar ações.

Na prática, papéis de empresas menores, que não estão na B3, estarão ao alcance de mais pessoas.

A BEE4 criou o primeiro mercado organizado de equity de pequenas e médias empresas (PMEs) do País, com foco nas companhias com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões – que acabam tendo menos espaço por não serem nem startups early stage, nem robustas o suficiente para buscar listagem na Bolsa.

A operação do mercado de acesso completou um ano, dentro do sandbox regulatório (ambiente de testes) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nesse período, em modo soft launch, a BEE4 conduziu mais de 50 pregões e negociou perto de R$ 2 milhões em volume financeiro.

Para o segundo ano de atuação, o objetivo é levar esses ativos às corretoras, onde está o “grosso” do público. “Na virada do ano já estaremos operacionais”, conta a CEO Patrícia Stille ao InfoMoney.

Até aqui, houve três ofertas concluídas, uma da empresa de reprodução assistida Engravida, e outra da Mais Mu, especializada em snacks saudáveis, ambas vindo de abertura de capital via crowdfunding.

A mais recente foi da Plamev Pet, de planos de saúde para pets, que encerrou em 18 de setembro e captou R$ 5,42 milhões (abaixo do alvo de R$ 6,4 milhões). A próxima no pipeline é a Eletron Energia, empresa paranaense focada em soluções de eficiência energética.

Para além das ofertas primárias, as corretoras entram em cena para apoiar a negociação dos papéis no mercado secundário, vista como principal gargalo para dar visibilidade a ações “fora do radar” da maioria dos investidores, assim como mais uma opção de saída para o investidor que apostou nas rodadas privadas das companhias.

Tokens de ações

Além de criar um mercado de acesso da B3, a BEE4 tem outro desafio: testar como a tecnologia blockchain pode ajudar a reduzir custos das captações. Os ativos de PMEs são registrados nessa tecnologia, conhecida por sua inviolabilidade. São, portanto, tokens de ações.

Uma das aplicações da inovação está na figura do depositário, substituída nesse desenho por um registro digital de titularidade.

“Ao final de uma oferta, nós escrituramos [a lista de investidores], tokenizamos e distribuímos os ativos digitais nas carteiras individualizadas dos clientes”, explica Patrícia. “Essa tecnologia vem dar outro significado para o papel de alguns participantes [do mercado de capitais] e trazer eficiência nos processos de pós-trading”.

Se nos bastidores tudo parece mais moderno, para o investidor, pouco muda: quando chegarem nas corretoras, esses tokens serão apenas mais uma opção de investimento em ações – mas de pequenas e médias empresas.




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