![]() Os mercados de ações dos Estados Unidos sofreram perdas de US$ 5,4 trilhões em dois dias, após a imposição de tarifas pelo presidente Donald Trump. A medida foi acompanhada por retaliações da China, intensificando os temores de uma recessão global. Nesta sexta-feira (4), o índice S&P 500 caiu 6%, após uma queda de 4,8% no dia anterior, marcando a maior queda semanal desde o início da pandemia. As ações de tecnologia, incluindo gigantes como Apple e Amazon, também recuaram, fazendo com que o índice Nasdaq Composite entrasse em território de “bear market”, com uma queda superior a 20% desde seu pico em dezembro. Na Europa, o índice Stoxx 600 caiu 8,4% na semana, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido registrou uma queda de 7%. O índice MSCI da Ásia também teve uma queda de 4,5%. A situação se agravou quando a China anunciou tarifas de 34% sobre todas as importações dos EUA, aumentando as preocupações com uma possível recessão. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também expressou preocupações, afirmando que as tarifas resultariam em “inflação mais alta e crescimento mais lento”. As reações do mercado foram intensificadas por um relatório de emprego robusto para março, que mostrou que os EUA adicionaram mais empregos do que o esperado. No entanto, os investidores estavam mais preocupados com a retaliação da China, levando a uma fuga de ativos de maior risco e um aumento na demanda por títulos do Tesouro dos EUA. O índice VIX, que mede a volatilidade esperada, disparou, alcançando seu nível mais alto desde 2020. Além disso, os mercados de commodities também foram impactados, com o petróleo Brent caindo 6,5% e o WTI caindo 7,4%, atingindo preços que não eram vistos há três anos. O preço do cobre, um indicador da saúde da indústria global, caiu cerca de 9%. A venda generalizada de ações levou os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos a cair para 3,86%, o nível mais baixo desde antes da eleição de Trump. |
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