 O Partido Republicano continua a se mostrar incapaz de formular uma alternativa à candidatura do ex-presidente Donaldo Trump à eleição do ano que vem. Na noite de quarta-feira (8), os cinco pleiteantes à indicação pelo partido se enfrentaram na Flórida em um terceiro debate televisivo, discutindo questões como política externa, aborto e economia. Na mesma hora, Trump fazia um comício perto dali, praticamente ignorando os possíveis adversários. Trump comentou em seu discurso para a plateia que o debate ao qual não compareceu era enfadonho e que não era “assistível”. “Sabem, o último debate teve a classificação mais baixa da história da política, então vocês achas que fizemos a coisa certa ao não participar?”, perguntou, sob aplausos da audiência em Hialeah, uma cidade fortemente hispânica e operária nos arredores de Miami. O ex-presidente está numa posição confortável após recentes pesquisas que mostraram sua enorme vantagem numa disputa republicana. O site The Hill destaca que, na média nacional de pesquisas mantida pelo site de dados FiveThirtyEight, Trump supera o segundo colocado DeSantis por 43 pontos. Mesmo em Iowa, um estado que Trump perdeu em 2016 e onde os seus rivais consideram que ele é mais vulnerável, ele tem uma vantagem de 28 pontos. Masterclass com Su Choung Wei Lucrando com o Medo Estratégia é capaz de gerar de 2% a 6% de rentabilidade mensal em dólar com uma operação por mês Enquanto isso, a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley, o empresário Vivek Ramaswamy, o governador da Flórida, Ron DeSantis, o ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, e o senador Tim Scot, tentavam conquistar apoios, enquanto evitavam críticas diretas da Trump. Quem chegou mais perto disso foi Haley, que reconheceu que Trump foi “foi o presidente certo na altura certa”, mas que ele não seria o presidente certo agora, além de citar como a dívida nacional cresceu durante sua administração. Sobre política externa, um ponto em comum de todos os debatedores foi o apoio incondicional a Israel em sua guerra contra o Hamas. De Santis, por exemplo, disse que, como presidente, diria ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para “terminar o trabalho de uma vez por todas com os açougueiros do Hamas, eles são terroristas'”. O governador da Flórida prometeu ainda deportar estudantes estrangeiros que expressarem apoio ao Hamas. Haley, por sua vez, acusou a administração de Joe Biden de pressionar Israel a considerar pausas humanitárias. “A última coisa que precisamos fazer é dizer a Israel o que fazer. Deveríamos apoiá-los e eliminar o Hamas”, declarou. As primeiras prévias (caucus) do Partido Republicano estão marcadas para 15 de janeiro de 2024, no Estado de Iowa.
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