PEQUIM (Reuters) – Os preços futuros do minério de ferro estenderam as quedas para a quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira, atingindo o nível mais baixo em mais de 14 meses, à medida que dados persistentemente fracos de imóveis na China exacerbaram o pessimismo sobre as perspectivas da demanda. O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações da manhã com queda de 2,09%, a 703,5 iuanes (98,32 dólares) a tonelada. O contrato atingiu seu menor valor desde 26 de maio de 2023, a 691 iuanes por tonelada, no início da sessão. O minério de ferro de referência de setembro na Bolsa de Cingapura caiu 2,81%, para 93,5 dólares a tonelada, o menor valor desde novembro de 2022. O investimento no setor imobiliário na China caiu 10,2% nos primeiros sete meses em relação ao ano anterior, depois de retrair 10,1% em janeiro-junho. O lançamento de novas construções medido pela área útil caiu 23,2% no ano, após uma queda de 23,7% no primeiro semestre do ano, segundo dados oficiais. O mercado imobiliário continua sendo o maior consumidor de aço da China, apesar da queda da participação do setor em meio à prolongada crise desde 2021. “Acreditamos que os preços do minério terão mais espaço para queda em termos de valuation, já que já romperam o nível de suporte de 100 dólares a tonelada”, disseram analistas da Shengda Futures em uma nota. Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai registraram novas perdas, com quedas acentuadas de preços que azedaram o sentimento, disseram os analistas. Em julho, a produção de aço bruto da China caiu pelo segundo mês consecutivo, diminuindo 9,5% em relação a junho, já que muitas siderúrgicas realizaram trabalhos de manutenção em meio a uma ampliação das margens de lucro já negativas. (Reportagem de Amy Lv e Mei Mei Chu)
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