![]() O mercado financeiro encerrou a semana em clima de tensão, com o dólar à vista subindo 0,72% e fechando a R$ 5,5875 — o maior patamar desde o início de junho. O movimento de alta refletiu não apenas a cautela dos investidores frente à instabilidade política interna, com o ex-presidente Jair Bolsonaro sendo alvo de nova operação da Polícia Federal, mas também o agravamento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros elevou o nível de incerteza, principalmente após ele vincular abertamente a medida ao julgamento de Bolsonaro. A resposta do presidente Lula, que classificou a atitude como “chantagem inaceitável”, reforçou o clima de confronto e deixou os agentes do mercado em compasso de espera. Diante desse cenário delicado, os traders de dólar enfrentaram um pregão dominado pela aversão ao risco e pela busca por proteção. A falta de clareza sobre os próximos passos nas tratativas diplomáticas e a percepção de que os desdobramentos políticos podem influenciar diretamente a política tarifária dos EUA pressionaram a moeda brasileira. Com poucos catalisadores técnicos e o noticiário ditando o ritmo dos negócios, o dia exigiu atenção redobrada para os operadores, sobretudo em relação aos níveis de suporte e resistência em meio à volatilidade crescente. Aprenda o Setup da Praia na Semana do Trader Sossegado 2.0 Os contratos de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão em alta de 0,46%, cotados a 5.592,5 pontos. Análise do gráfico de 15 minutosApesar do fechamento positivo, o minidólar ainda não demonstrou força suficiente para romper resistências importantes. O ativo fechou abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que exige atenção redobrada com eventuais reversões de curto prazo. A movimentação recente segue limitada, com compradores e vendedores alternando o controle do fluxo. Para retomar a tendência de alta, será fundamental a entrada de volume comprador consistente, capaz de romper a resistência dos 5.598,5/5.611 pontos. Caso supere esse patamar, o ativo tende a buscar os níveis de 5.620/5.627 e, posteriormente, 5.638/5.643,5 como alvos de resistência. No entanto, se houver pressão vendedora e o ativo romper o suporte em 5.586/5.572,5, o cenário se inverte. Nesse caso, abre-se espaço para quedas em direção às faixas de 5.555/5.539 e 5.526/5.505, que atuam como próximas zonas de defesa dos compradores. O candle formado na última sessão foi um spinning top, indicando indefinição do mercado e forte disputa entre forças compradoras e vendedoras. O ativo ainda trabalha acima das médias de 9 e 21 períodos, mantendo a possibilidade de retomada altista. Caso supere a região de 5.627/5.658 pontos, a tendência de alta pode ganhar força e levar o preço até 5.687/5.726 pontos. Por outro lado, se perder o suporte entre 5.540/5.467, o viés pode se inverter, especialmente se a mínima de 2025, em 5.438 pontos, for rompida. O IFR (14), em 51,61, reforça a neutralidade do momento. ![]() Saiba mais:
Dólar futuro (WDOQ25): Gráfico de 60 minutosNo gráfico de 60 minutos, o minidólar fechou em alta, negociando acima das médias móveis de 9 e 21 períodos. Apesar disso, o ativo ainda está preso a um movimento lateral, o que reforça a importância de monitorar os extremos de suporte e resistência. Para dar continuidade ao movimento comprador, será necessário romper com volume relevante a faixa de 5.615/5.629 pontos, com alvos projetados em 5.658/5.666, 5.687 e até 5.700 pontos. Por outro lado, caso retome a pressão vendedora e perca o suporte em 5.582/5.537 pontos, a tendência de baixa poderá se intensificar. Nesse cenário, os próximos suportes se encontram em 5.505/5.470, com alvo mais longo entre 5.467/5.452 pontos. ![]() (Rodrigo Paz é analista técnico) Guias de análise técnica:
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