![]() O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou que deseja coordenar uma eventual campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira (9), o ministro Alexandre Silveira chamou Lula de “única solução razoável” para preservar a estabilidade democrática do país e afirmou que outras candidaturas representam “ameaças fortes” ao equilíbrio econômico e social. “Se Lula for candidato, eu sou Lula, Lula Futebol Clube, Atlético Futebol Clube e coordenador da campanha dele”, declarou o ministro Alexandre Silveira. “Não tem quem me convença a estar distante dele.” A declaração ocorre em meio ao avanço das articulações para a sucessão presidencial e ao movimento do PSD — partido de Alexandre Silveira — que demonstra interesse público em lançar uma candidatura própria, com o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal pré-candidato. Silveira isola TarcísioNo sábado (7), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou novamente que o partido poderá apoiar Tarcísio de Freitas em uma eventual disputa presidencial, caso o governador opte por não buscar a reeleição em São Paulo. Kassab declarou que, se o ex-ministro da Infraestrutura for candidato, a centro-direita não apresentará outros nomes ao Planalto. Silveira, no entanto, reagiu com reservas à movimentação e afirmou considerar “muito prematuro” lançar uma candidatura alternativa a Lula neste momento. “Não há salvação fora do presidente Lula em 2026. Eu não vejo possibilidade de Lula não ser candidato, pelo que ele representa”, declarou. Para o ministro, sem Lula, o cenário eleitoral ficaria “completamente aberto”, e o PT precisaria decidir entre lançar um nome próprio ou construir uma nova coalizão para evitar “a barbárie”. “Solução familiar”Questionado sobre possíveis adversários de Lula, Silveira afirmou que Jair Bolsonaro (PL) ainda é o principal nome da direita, apesar de estar inelegível. Segundo o ministro, o ex-presidente deve apostar em uma “solução familiar” para contornar a proibição, em referência a um possível nome ligado à sua família política. “O único estadista que temos hoje no Brasil é o presidente Lula. Ele não tem projeto pessoal nem partidário. O projeto de Lula é o legado de um país mais justo”, disse Silveira, ressaltando que falava por conta própria e não em nome do presidente. Sinal ao PlanaltoA entrevista de Silveira tem dupla função: reafirma o apoio incondicional a Lula e, ao mesmo tempo, isola a tentativa de Kassab de se reposicionar no xadrez eleitoral com Tarcísio. A declaração também reforça a tendência de que setores do PSD — especialmente os vinculados ao governo — permaneçam alinhados ao Palácio do Planalto. Ao antecipar sua disposição de coordenar a campanha de Lula, Silveira se projeta como uma das principais figuras da aliança entre PSD e PT no governo federal — ao mesmo tempo em que marca posição contra uma eventual candidatura de centro-direita fora do arco de apoio ao presidente. |
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