 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para os dias 19 de maio a 2 de junho as audiências para ouvir as testemunhas do núcleo 1 da trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na lista de depoentes figuram nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuelo e do senador Rogério Marinho (PL-RN). Bolsonaro é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como membro do núcleo responsável pelas principais decisões e ações de impacto social na tentativa de golpe. Além do ex-presidente, o grupo inclui ex-ministros do governo, como Braga Neto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI). Outros membros são o ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Segundo o cronograma definido por Moraes, as audiências começarão com os depoimentos das testemunhas de acusação, seguidas pelas testemunhas de defesa. Os depoimentos serão conduzidos por juízes-auxiliares do gabinete de Moraes, como é padrão nas ações penais do STF, e poderão ocorrer por videoconferência. As defesas dos réus e os representantes da PGR terão direito de acompanhar e fazer questionamentos. No dia 30 de maio, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuelo estão entre as testemunhas que prestarão depoimento em favor de Bolsonaro. No dia 2 de junho, será a vez de Rogério Marinho. Após essa fase, Moraes deverá agendar os interrogatórios dos réus, incluindo o próprio Bolsonaro e os demais membros do núcleo golpista. O julgamento final será realizado pela Primeira Turma do STF, que decidirá se os acusados são culpados ou inocentes. |
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