A incorporadora MRV (MRVE3) apresentou dados operacionais que mostraram o aumento dos lançamentos e da velocidade de venda, no entanto, o consumo de caixa chamou a atenção de analistas, que consideraram o resultado como marginalmente negativo. Por volta das 11h45, as ações da MRV subiam 0,62%, cotadas a R$ 6,46. As vendas líquidas totalizaram R$ 2,13 bilhões no 1º trimestre de 2024, crescimento de 18,4% em comparação com igual período de 2023. Já a velocidade de vendas (VSO) foi de 33,1% no 1T24, alta de 11,1 pontos percentuais na comparação ano a ano. Apesar desse desempenho, os analistas do Bradesco BBI viram como preocupante a queima de caixa registrada no período. “Apesar dos sólidos dados de lançamentos e vendas (a velocidade de vendas melhorou 11 pontos percentuais ano contra ano mesmo com lançamentos quase três vezes acima do primeiro trimestre de 2023), a unidade de negócios da MRV Development queimou aproximadamente R$18 milhões no primeiro trimestre de 2024, mesmo após vender quase R$630 milhões em recebíveis”, avaliaram. Nas contas do Bradesco BBI, essa venda de recebíveis de financiamentos imobiliários deve ter gerado uma entrada líquida no caixa de cerca de R$ 400 milhões. Apesar da queima de caixa no primeiro trimestre, a expectativa é de um alívio para o segundo trimestre, uma vez que a MRV já fez a contabilização de cerca de um terço dos terrenos a pagar, no valor de R$ 750 milhões. A recomendação foi mantida em “outperform” (previsão de desempenho acima do índice de referência). O Itaú BBA também classificou o resultado operacional como ligeiramente negativo. “Acreditamos que o sólido desempenho em lançamentos e vendas da MRV, juntamente com a redução do consumo de caixa na (operação dos EUA) Resia (considerando um trimestre sem vendas de projetos), devem ser parcialmente compensados pelo desempenho de caixa na operação brasileira.” |
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