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Multiplan: dois pontos que mostram por que shoppings começaram a safra com pé direito

- 26/07/2024 8 Visualizações 8 Pessoas viram 0 Comentários
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Já havia nas expectativas de analistas algum impacto das enchentes no Rio Grande do Sul no balanço da Multiplan (MULT3).

Apesar disso, os dados vieram mais fortes que o esperado e podem indicar uma safra otimista para o setor, de acordo com a XP. Os efeitos da tragédia teriam sido limitados nos números da companhia.

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Na visão da corretora, a companhia trouxe conjunto de resultados sólidos no 2T24, em especial pela sólida taxa de ocupação e o crescimento de vendas de lojistas em 6,3% (na comparação anual). Além disso, o lucro líquido veio mais forte que o esperado, com crescimento de 7% em relação ao 2T23 e 4% a mais que o estimado pelo Research da XP.

O crescimento do lucro foi ajudado pelas receitas de vendas de imóveis, tanto pelo crescimento positivo do Golden Lake, mesmo considerando os eventos climáticos no RS, e sólidas vendas de terrenos (que acrescentaram R$ 36 milhões no 2T24). A XP também destacou receitas de aluguéis estáveis, afetadas pelo ajuste do IGP-DI (confirme previsto) e receitas de estacionamentos estáveis.

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“Além disso, a inadimplência líquida de -1,0% favoreceu a diluição das despesas com propriedades, o que ajudou a margem NOI [receita operacional líquida] a crescer para 91,9%, embora a margem Ebitda tenha caído ligeiramente. No geral, o FFO [fundos provenientes de operações] cresceu (+11% na base anual e +5% em relação à previsão da XP), ajudado por (i) benefícios fiscais da distribuição de JCP; e (ii) menores despesas financeiras”, considera a corretora.

A visão do Itaú BBA é mais moderada e considera que os resultados vieram neutros. A análise destaca a combinação de desempenho sólido no segmento imobiliário, provisões reduzidas e impostos mais baixos como causador de aumento de 9% no FFO. Mesmo destacando a receita de aluguel vista como fraca, por revitalização de ativos da companhia, o BBA destaca os menores custos de ocupação e diminuição da inadimplência líquida. Estes dois pontos foram sustentados, principalmente, pelo crescimento apoiado pelas vendas e pelos aumentos limitados nos aluguéis.

“A combinação dos recursos provenientes da venda de terrenos, juntamente com a redução da inadimplência e impostos mais baixos, mais do que compensou a queda na receita de aluguel. Isso levou o FFO a R$ 319 milhões, superando nossa estimativa em 9% e aumentando 11% em relação ao ano anterior”, afirma a análise do BBA.

Mesmo mantendo visão positiva para o papel, o balanço não empolgou o banco. O BBA destaca, ainda, que não vê catalisadores de curto prazo para o papel.




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