Os mercados globais iniciam a semana sob pressão após a nova ofensiva tarifária dos Estados Unidos, o que reacende temores de uma escalada protecionista e acirra a aversão ao risco.

A imposição de tarifas de 30% sobre produtos vindos da União Europeia e do México, anunciada no fim de semana, adiciona um novo elemento de tensão ao cenário macroeconômico e precificação de ativos de risco.

Em meio a esse ambiente de guerra comercial, os principais índices acionários dos EUA – Nasdaq e S&P 500 – vão ser testados no curto prazo, em relação à sua tendência de alta, que podem ser colocar à prova pelos investidores.

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Análise técnica da Nasdaq

A Nasdaq iniciou um forte movimento de recuperação após tocar a mínima do ano em 16.542 pontos. Desde então, a pressão compradora prevalece. No mês de julho, o índice sobe 0,45% e, no acumulado de 2025, avança 8,42%, cotado a 22.780 pontos.

A tendência segue altista, com o índice renovando topos no gráfico diário. Para dar sequência ao rali, será necessário romper a máxima histórica em 22.915 pontos. Acima disso, os alvos projetados ficam em 23.278/23.428, 23.760 e até 24.000 pontos.

Já uma correção de curto prazo poderá ocorrer se o ativo perder a faixa de 22.675/22.222 pontos. Abaixo disso, os suportes estão em 22.041/21.472, podendo estender o movimento até 20.775/20.292 pontos.

Análise técnica do S&P 500

O S&P 500 também mostra força em 2025. Após tocar a mínima anual em 4.835 pontos, o índice vem renovando topos no gráfico diário. Em julho, acumula alta de 0,88% e, no ano, avança 6,43%, negociado atualmente aos 6.259 pontos.

Apesar da leve correção na última semana, o índice segue acima das médias móveis e mantém estrutura de alta. Para seguir no fluxo positivo, precisa romper a máxima histórica em 6.279 pontos. Acima, os alvos técnicos estão em 6.310/6.360, com projeção mais longa em 6.400/6.430 pontos.

Já para retomada do movimento vendedor, é preciso atenção à perda da região de suporte entre 6.230/6.147 pontos. Abaixo disso, os próximos suportes estão em 6.049/5.943, com extensão até 5.843/5.767 pontos.

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(Rodrigo Paz é analista técnico)

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