(Foto: Pool | Getty Images)

466.140. Superando as estimativas de Wall Street, esse foi o número de veículos que a Tesla entregou no 2T23 ? o recorde da empresa ?, segundo os seus últimos resultados.

O número é 10% maior que o do primeiro tri deste ano, o recorde anterior, e representa 83% mais que o do mesmo período do ano passado.

• Muito disso pode ser explicado pelos recentes cortes de preços em seus carros e créditos do governo dos EUA.

Falando mais sobre esses cortes… A estratégia de Musk, como ele mesmo já disse, é de priorizar o crescimento das vendas antes do lucro.

No último tri, a companhia teve uma margem bruta de 19,3% ? abaixo do que o mercado esperava e o menor valor desde o 4T20. Mas pode ter sido necessário.

A concorrência está chegando, a economia não está das melhores e quem ficar parado pode ficar para trás. A ideia é pressionar a margem para aumentar o volume ? e seguir no topo do mercado.

Além da margem, quem também sofre pressão são as outras montadoras. Afinal, quando seu concorrente reduz seus preços, é possível que mais clientes escolham ele em vez de você.

Isso forçou o mercado a fazer o mesmo. O CEO da Renault disse que esses cortes são um “alerta” para outras montadoras. Tanto é que a empresa francesa está revendo a política de preços de seus veículos elétricos.

E não é só nos EUA? ??

A China é o maior mercado de veículos elétricos do mundo e o segundo principal da Tesla, depois dos EUA.

• A guerra de preços também está forte por lá. Várias fabricantes de automóveis chineses seguiram o exemplocortando preços ou oferecendo descontos.

Musk, por outro lado, diz que a Tesla não está “iniciando uma guerra de preços”, mas apenas abaixando os preços para tornar seus veículos mais acessíveis em escala.

Independente da intenção, não deixa de ser uma boa estratégia. Afinal, principalmente na China, essa medida foi uma bela jogada de xadrez, tendo impulsionado as vendas no país e pressionado a crescente concorrência.