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Atualidades

O dia que o Google atropelou o Facebook 🚗

- 11/07/2023 172 Visualizações 172 Pessoas viram 0 Comentários

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(Foto: Entrepreneur | Reprodução)

Noam Bardin. Pode ser que você nunca tenha ouvido falar nesse nome. Agora, com certeza conhece a empresa que ele foi CEO por 12 anos ? a levando de 2 mil usuários ativos mensais aos mais de 140 milhões.

Mas, apesar da aquisição ter sido feita pela gigante das buscas, sabia que, antes disso, o Waze quase foi comprado pelo Facebook? Foi o que Bardin escreveu recentemente?

O começo da história ?

No final de 2012 a Apple lançou seu aplicativo Maps, que não foi muito bem recebido. Isso porque, inicialmente, o app não era tão bom e apresentava diversas falhas.

Em meio às críticas, Tim Cook escreveu uma carta se desculpando, em que recomendou outras alternativas disponíveis na App Store da Apple. Uma delas foi o Waze, que ganhou muitos olhares e saltou para 10 milhões de usuários mensais ativos.

  • Entre algumas rodadas de captação, o app de trânsito notou alguns sinais de que poderia ser adquirido a qualquer momento.

Então, Noam se juntou aos fundadores do Waze para definir os termos que eles aceitariam. O combinado foi que, se eles recebessem uma oferta:

i) Inferior a US$ 750 milhões: Recusariam e levantariam outra rodada, para seguir aumentando o valuation até a venda;

ii) Acima de US$ 1 bilhão: Venderiam;

iii) Entre US$ 750 mi e US$ 1 bi: Dependeria da empresa adquirente e da negociação. Isso porque, em grandes aquisições, os fundadores costumam ter que trabalhar na empresa por mais uns anos ? por isso o “quem” também contava.

Na época, a adquirente que mais parecia fazer sentido era o Facebook, que acabara de adquirir o Instagram e já estava, em conjunto com o Waze, mapeando uma possível integração.

Mas havia um problema… ?

A empresa do Zuck queria um Direito de Preferência (ROFR), em que, caso alguém fizesse uma proposta pelo Waze, eles teriam prioridade de adquirir pelo valor oferecido.

  • Então, foi acordado que o Faceboook teria um ROFR apenas em relação a uma possível proposto do Google.

Mas, antes de assinar esse termo, apenas por descargo de consciência, Noam decidiu entrar em contato com o Google, e disse algo como:

“Estamos quase assinando um contrato com um concorrente seu que nos impediria de fazer qualquer coisa estratégica com você (…) Se estiver interessado, devemos conversar agora.”

Essa mensagem despretensiosa fez com que o Google quisesse marcar uma conversa ? em que a equipe do Google Maps encantou o time do Waze.

  • A gigante das buscas demonstrou interesse na aquisição, e Noam disse que o valor desejado era de US$ 1 bilhão.

Iniciou-se o processo de due diligence, que consiste em investigar a empresa para ver se está tudo certo para, então, adquirí-la.

Oferta na mesa ?

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(Imagem: Post. | Noam Bardin)

O Google propôs comprar o Waze por… US$ 450 milhões ? bem abaixo do US$ 1 bilhão esperado. Sem nem muito pensar, o Waze negou. Nem enviou contraproposta.

Depois desse episódio, Noam voltou ao Facebook e disse que uma de suas grandes concorrentes tinha feito uma oferta pelo Waze.

  • No MESMO dia, apenas uma hora depois, a gigante das redes sociais fez um termo de compromisso de pagar US$ 1 bilhão pelo negócio ? e Noam assinou.

O processo de due diligence começou, mas foi um pouco conturbado. O Facebook começou a implicar com alguns pontos e estava bem confuso sobre como integraria o Waze à sua estrutura.

Juntamente a isso, outro ponto importante ? e não tão óbvio ? é que a química entre o time Waze e as pessoas do Facebook não era tão boa. Noam diz que nem com o Zuck ele se deu tão bem.

Em meio a tensões e mal-entendidos, as coisas começaram a deteriorar. Nem parecia que o Facebook iria prosseguir com a aquisição.

Nesse meio tempo? ?

Vazou a informação de que o Waze estava sendo vendido. O pessoal do Google não perdeu tempo e ligou para Noam, que disse que, por questões contratuais, não poderia comentar sobre o assunto.

  • Uma hora depois, recebeu na sua caixa de entrada uma proposta de US$ 1,15 bilhão. O Google decidiu comprar o Waze.

Acontece que Noam já tinha assinado um termo de compromisso com o Facebook. Mas, nesse caso, não tinha como dizer “não”.

Assim que o período de exclusividade que a empresa de Zuck tinha para concluir a compra acabou, o Google botou o pé no acelerador e, em apenas 8 dias, concluiu a aquisição do Waze.

Para ler o artigo original em que Noam Bardin conta essa história e ver algumas dicas que ele deu para quem pensa em, algum dia, vender uma empresa, clique aqui.




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