A governança do Open Finance já gastou R$ 124 milhões na produção e no desenvolvimento do ecossistema aberto de compartilhamento de dados no Brasil. O montante foi liberado entre o segundo semestre de 2020 e dezembro de 2022, apontam dados do Relatório Anual de 2022 antecipados ao InfoMoney e divulgados nesta segunda-feira (12). Foram gastos:
O total não inclui os gastos que cada banco arcou no próprio projeto Open Finance. Os valores são referentes aos custos gerados pela governança visando a infraestrutura utilizada por todas as empresas participantes. “Não há nenhum subsídio. O dinheiro gasto é previamente definido e acordado entre o conselho administrativo e os participantes e sai do bolso das empresas que estão no projeto conforme um rateio”, explica Carlos Jorge, sócio-fundador da Chicago Advisory Partners, consultoria responsável pela governança do Open Finance no Brasil. De forma resumida, o rateio é feito proporcionalmente ao patrimônio líquido (PL) de cada participante. O PL é o resultado da subtração entre os passivos (o quanto ela deve) e os ativos (quanto a empresa tem no banco, suas contas a receber, os estoques, propriedades, etc). Quanto maior o PL do participante, maior a fatia do rateio. O sistema Open conta, hoje, com 886 empresas participantes. Dos R$ 124 milhões gastos em dois anos:
“Para fazer toda a infraestrutura funcionar contratamos serviços e preparamos a área de tecnologia para conduzir o trabalho”, afirma Carlos Jorge. E em 2023?A expectativa é de aumentar significativamente os investimentos no ecossistema: para 2023, a previsão do orçamento anual está entre R$ 113 milhões e R$ 146 milhões — podendo mais que dobrar os gastos na comparação com o último ano. Carlos Jorge explicou que todo ano a governança trabalha com uma banda entre limite inferior e limite superior de gastos. Vale ressaltar que esses valores também são referentes à estrutura do Open Finance no Brasil e não incluem investimentos e custos individuais das instituições participantes. Estrutura do Open Finance no BrasilA governança do ecossistema no Brasil é liderada pela consultoria Chicago Advisory Partners em parceria com o Banco Central e é composta pelo Conselho Deliberativo (responsável por definir os regulamentos internos, estrutura e diretrizes para grupos de trabalho). Há também duas áreas: Pilar administrativo:
Pilar técnico:
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