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Atualidades

Os fundadores da KaBum! não querem mais a Magalu

- 01/08/2023 32 Visualizações 32 Pessoas viram 0 Comentários

(Imagem: InfoMoney | Reprodução)

Os irmãos fundadores da KaBum!, Leandro e Thiago Ramos, querem desfazer a venda da empresa para a Magalu, que foi acordada em 2021.

Antes, para deixar todo mundo na mesma página? Se você nunca ouviu falar, a KaBum! é a maior plataforma de ecommerce de tecnologia e games do Brasil.

Na época, a gigante do varejo assinou a compra da empresa por um total de R$ 3,5 bilhões, sendo R$ 1 bi em dinheiro e os outros R$ 2,5 bilhões em ações da varejista, tornando os irmãos sócios da empresa.

Lição do dia: Nada é tão simples quanto parece. No mesmo dia do aperto de mãos da venda, a Magalu emitiu mais ações, o que fez o preço da ação despencar. Em outras palavras, a compra ficou automaticamente mais barata para a Magalu.

Não só, mas também por causa desse movimento ? chamado de follow-on ?, a ação da varejista saiu de quase R$ 24 naquele dia para pouco mais de R$ 3 atualmente.

É esse o argumento dos irmãos Ramos para afirmar que a compra da KaBum!, que era de R$ 3,5 bi saiu por R$ 1,7 bilhão, ou seja, pela metade do preço.

Enquanto isso, depois de anunciar a compra, a Magalu ganhou mais de R$ 16 bilhões em valor de mercado com a aquisição, passando de R$ 160 bilhões para quase R$ 180 bi.

O buraco é mais fundo: Os irmãos ainda afirmam que o Itaú BBA, que eles contrataram para ajudar na venda, agiu em meio a um conflito de interesses, por também ter sido contratado pela Magalu para fazer o follow-on.

  • Segundo eles, havia sondagens de outras grandes varejistas, como Americanas e Havan, mas a negociação foi direcionada pelo banco para a Magalu.

O buraco é AINDA mais fundo: O CEO da Magalu, Fred Trajano, é membro do conselho do Itaú desde 2020 e, mais do que isso, é concunhado de um diretor do Itaú BBA. Que mundo pequeno?

Resumindo a ópera, depois de terem saído recebendo bem menos que o assinado pela venda do ecommerce de games e tecnologia, os irmãos estão tentando desfazer o negócio alegando conflitos de interesses não só comerciais, mas pessoais, no deal.




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