 GENEBRA (Reuters) – Os Estados membros da Organização Mundial da Saúde rejeitaram na segunda-feira uma proposta de convidar Taiwan para sua assembleia anual em Genebra, depois que a China expressou sua oposição. Belize e São Vicente e Granadinas, que estão entre os 12 países restantes com laços diplomáticos formais com Taiwan, falaram em nome de um grupo de países que apresentou uma proposta para incluí-la como observadora na reunião da OMS deste ano. São Vicente descreveu a exclusão de Taiwan como “injusta e autodestrutiva” e o enviado de Belize disse que isso “enfraquece nossa capacidade coletiva de preparação e resposta”. Nenhum país ocidental importante falou em nome de Taiwan ou assinou a proposta, e os Estados Unidos, que planejam deixar a OMS, deixaram seu assento vazio. Mas a China, que considera a ilha de Taiwan, governada democraticamente, como seu território, e o Paquistão se opuseram à moção e a assembleia aceitou a exclusão de Taiwan. “A proposta desafia abertamente a autoridade da ONU e a ordem internacional do pós-guerra”, disse o embaixador chinês Chen Xu, que faz parte de uma delegação chinesa de mais de 200 pessoas na reunião. Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China informou que a postura “separatista” das autoridades taiwanesas levou à perda de uma base política para sua participação na assembleia. Negou que houvesse qualquer lacuna na preparação para pandemias devido à exclusão de Taiwan, chamando isso de “mentira política”. Entre 2009 e 2016, Taiwan participou das sessões da assembleia da OMS como observadora sob a administração do então presidente Ma Ying-jeou, que assinou acordos comerciais e de turismo importantes com a China. A questão de sua participação se repete anualmente. Taiwan é excluída da maioria das organizações internacionais devido às objeções da China.
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