IMG-LOGO
Economia

Para onde vai a Selic? Gestores apostam que BC manterá cortes de 0,50 ponto até fim do ano

- 01/11/2023 22 Visualizações 22 Pessoas viram 0 Comentários
image 1

A subida forte dos juros nos Estados Unidos e a falta de uma definição sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, banco central americano) têm tirado o sono de muitos investidores. Com gestores de fundos, não é diferente.

A dúvida é se o movimento dos juros nos EUA respingará no Brasil, com o Banco Central alterando o tamanho e a velocidade dos cortes da Selic, iniciados em agosto.

Mas, ao menos por enquanto, a maior parte dos gestores de multimercados do tipo macro avalia que a autoridade monetária deverá manter o ritmo dos cortes em 0,50 ponto por reunião até o fim do ano — o que implicaria levar a Selic para 12,25% nesta quarta-feira (1) e depois para 11,75% ao ano no encontro de dezembro.

É isso o que mostra uma pesquisa feita pela XP com 18 gestoras entre os dias 18 e 27 de outubro. As projeções para a Selic estão em linha com as estimativas do Relatório Focus, do Banco Central, que estão em 11,75% no fim do ano.

Ao mesmo tempo, os gestores têm revisado – para baixo – as expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve terminar o ano em 4,60%, abaixo dos 4,80% projetados pelas casas em setembro. Atualmente, o Focus prevê que o IPCA encerre 2023 em 4,63%.

Há revisão também nas expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que agora estão em 2,90%, abaixo dos 3,00% de setembro. O número está em linha com o Focus, que estima que o indicador avance 2,89% neste ano.

Juros e Bolsa

Levante
Ações de Alta Valorização
Analista de Equities, com mais de 30 anos de experiência no mercado, revela a seleção de Small Caps para você buscar lucros expressivos

Diante de um cenário mais nebuloso no exterior, as maiores convicções das gestoras têm se mantido nas posições aplicadas (que se beneficiam da queda) no juro nominal e real.

Já quando o assunto é Bolsa local, chama atenção que cresceu o número de casas que estão com uma visão neutra. Em outubro, o percentual chegou a 59%, acima dos 41% vistos em setembro.

Na passagem de setembro para outubro, também diminuiu o percentual de gestoras com visão positiva para as ações brasileiras, de 41% para 24%. O número é o menor desde maio deste ano.

A cautela com o cenário tem reflexos também na alocação: nas pesquisas realizadas em agosto e setembro, 100% dos gestores com posição em Bolsa no Brasil estavam comprados (apostando na alta). Agora em outubro, o percentual caiu para 77%.

Da mesma forma, mais gestoras (23%) informaram que estão com alocações vendidas (que se beneficiam da queda) em ações brasileiras.

Aversão a risco

Em um mês marcado pelo aumento das taxas longas nos EUA e escalada das tensões no Oriente Médio, os gestores reduziram a percepção de risco. Atualmente, 53% apresentaram uma perspectiva neutra para a economia global, enquanto 41% se mostraram negativos, valor inferior ao observado na última pesquisa realizada em setembro (47%).

Apesar disso, as casas aumentaram a exposição comprada em dólar, o que tende a ser uma proteção em momentos mais delicados.

Já sobre o real, gestores mostraram certo ceticismo de que a moeda apresente grandes variações até o fim do ano. Na visão das gestoras, o dólar deve encerrar este ano em R$ 5, projeção que se mantém desde junho.




Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *