![]() O empresário Paulo Skaf será reconduzido à presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) após um hiato de quatro anos. Aos 69 anos, ele lidera chapa única na eleição realizada nesta segunda-feira (4) na sede da entidade, na Avenida Paulista. A posse está prevista para janeiro de 2026. Skaf substituirá Josué Gomes da Silva, que deixará o comando da federação ao fim de dezembro. Caso cumpra o novo mandato até 2029, Skaf somará 21 anos à frente da principal entidade industrial do país, cargo que usou, no passado, para catapultar sua projeção política nacional. Skaf presidiu a Fiesp de 2004 a 2021 e foi o rosto de campanhas de forte apelo político, como a “Não vou pagar o pato”, lançada contra a reoneração das empresas e em apoio ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), consumado em 2016. Também tentou, sem sucesso, chegar ao governo de São Paulo em três ocasiões — por partidos como PMDB e PSB. Seu retorno à entidade ocorre após intensa articulação nos bastidores. Com apoio da maioria dos sindicatos industriais, Skaf viabilizou uma candidatura sem concorrência, encabeçando uma chapa com 130 dirigentes. Nova Fiesp, novos desafiosA volta de Skaf ocorre em um momento sensível para a indústria paulista. O setor — que representa a maior fatia da produção manufatureira do país — está sob pressão adicional após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros exportados. A medida atinge em cheio a indústria de São Paulo, que concentra boa parte das exportações afetadas. Além disso, a agenda regulatória, a transição energética e a modernização do Sistema S, responsável pela arrecadação de R$ 29 bilhões em 2024, estão no radar de desafios para a nova gestão. |
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