Há mais impacto no mercado do que apenas ao fato da agência de classificação de risco Moody’s ter revisado para cima a perspectiva da nota de crédito do Brasil. Mayara Rodrigues, analista de renda fixa no research da XP, que participou nesta sexta (3) do Morning Call da XP, explicou que desde o ano passado tem se visto um movimento mais positivo de todas as agências de risco com relação ao Brasil. “Todo rating tem um composto da nota em si e também uma perspectiva. Quando se tem uma perspectiva positiva, que foi o que aconteceu no Brasil, nessa alteração da Moody’s, é esperado que nos próximos 12 a 18 meses aconteça uma elevação no rating do Brasil também”, afirmou. Hoje, o rating é Ba2. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita Moody’s: melhora do cenário localPara a analista, a mudança da perspectiva reflete principalmente uma melhora de cenário local. “Ainda que esteja difícil (o cenário externo), de aversão ao risco e taxas de juros mais altas por mais tempo, ao se comparar o ano passado com agora, falando de Brasil, a situação está melhor”, afirmou. “Isso acabou pautando esse viés positivo da nota pela Moody’s”, complementou. Influência no mercadoMas Mayara Rodrigues ressaltou o fato de o comunicado citar preocupação com o risco fiscal no Brasil. “Mas ainda é algo positivo e que impactou não só na reprecificação, mas também nas notas das empresas tanto do mundo corporativo quanto das instituições financeiras”, ressaltou. Confira o calendário de resultados do 1º trimestre de 2024 da Bolsa brasileira Ela explicou que as agências de risco têm o rating soberano do país, que é o limite máximo para uma nota de crédito internacional para empresas locais também. Quando se tem uma alteração no país, é natural que o mesmo movimento acontece com as corporações. Movimento no mundo corporativo“A Moody’s soltou alguns relatórios a respeito dessa movimentação positiva nas notas das empresas e bancos (brasileiros)”, disse ela, acrescentando que isso ocorre desde que a agência de risco revisou para cima a perspectiva da nota de crédito do Brasil, no dia 1º de maio. Temporada de balanço do 1º tri ganha força: em quais ações e setores ficar de olho? A analista afirmou que esse é um movimento que já ecoa no mercado, embora fala-se tanto e apenas da alteração da perspectiva da nota do país. |
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