A Petrobras vai iniciar em outubro a perfuração de dois poços exploratórios no bloco marítimo BM-POT-17, em águas profundas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. A petroleira recebeu na sexta (29) a guia de recolhimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que é parte dos procedimentos administrativos para a liberação das atividades. A previsão é receber a licença ambiental na próxima segunda-feira (2). Em nota, a Petrobras diz que atendeu a todos os requisitos do Ibama. Como última etapa, realizou, entre 18 e 20 deste mês, um simulado – a Avaliação Pré-Operacional – no local. Por meio do procedimento, o órgão ambiental comprovou a capacidade da Petrobras de dar resposta imediata e robusta a vazamentos de petróleo, conforme o comunicado. Para a simulação – de contenção e recolhimento de petróleo, proteção costeira e de monitoramento, resgate e atendimento à fauna -, foram mobilizadas mais de mil pessoas, quatro aeronaves, cinco ambulâncias, 70 veículos terrestres e mais de 60 embarcações. A equipe abrangeu biólogos, veterinários e 300 agentes ambientais. A perfuração começará após a chegada da sonda no local. O primeiro poço será perfurado a 52 km da costa. Com a pesquisa exploratória, a companhia planeja obter mais informações geológicas da área para avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo, realizada em 2013, no poço de Pitu. Não há produção de petróleo nesta fase. A Bacia Potiguar abrange porções marítimas do Rio do Grande do Norte e do Ceará e é parte da Margem Equatorial brasileira, que se estende entre os Estados do Amapá e do Rio Grande do Norte. A região é considerada uma das mais novas e promissoras fronteiras mundiais em águas profundas e ultraprofundas. Em nota oficial do Ministério de Minas e Energia (MME), o ministro Alexandre Silveira disse que “as reservas estimadas de 2 bilhões de barris de óleo in place têm enorme potencial para desenvolver as regiões Norte e Nordeste”. Segundo ele, a exploração e produção de óleo e gás na região vão atrair investimentos e trazer benefícios econômicos e sociais para as populações dos Estados e municípios da região. “Não podemos perder tempo. Toda sociedade brasileira deve se beneficiar dos recursos provenientes dessa atividade”, escreve Silveira. “O Brasil comemora a primeira licença de exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial. Isso é a possibilidade de achar gás para reindustrializar o Brasil, de gerar mais recursos para o fundo social, para saúde e educação. Significa mais recursos para financiar a transição energética”, completa. No documento, Silveira ainda ressalta a necessidade de continuidade dos estudos em outras bacias da margem equatorial. “A partir deste momento, tenho a certeza de que os técnicos do Ibama poderão se dedicar e avançar nos estudos das condicionantes necessárias para as pesquisas da Margem Equatorial também no litoral do Amapá”, disse o ministro. Ele fez menção ao bloco mais ambicionado pela Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, cuja exploração ainda depende de aprovação do Ibama, que resiste a pressões políticas. Masterclass As Ações mais Promissoras da Bolsa Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
|