Os investidores vêm de uma semana negativa para o Ibovespa, na qual o índice recuou 1%, retornando ao patamar dos 117 mil pontos. Os recentes dados do varejo decepcionaram, contrariando expectativas de uma reação pelo fato da inflação estar arrefecendo. A possibilidade de aumento de despesas do governo também está no radar do mercado, com a proximidade da revogação do Teto de Gastos. As discussões sobre pautas econômicas em Brasília só devem ser retomadas em agosto, após o recesso parlamentar. E nos próximos dias, a agenda de indicadores por aqui está relativamente esvaziada. O grande destaque é o IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central, considerado um proxy do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O Itaú prevê uma contração de 0,4% em maio na comparação com abril. O dado vai ser divulgado nesta segunda-feira (17). A agenda também traz outros dois dados de inflação. A variação medida pelo IGP-10 vai ser divulgada já nesta segunda, e o Itaú prevê deflação de 1,07%. Na quarta-feira, sai a segunda prévia do IGP-M de julho, da Fundação Getúlio Vargas. A temporada de resultados corporativos por aqui só deve ganhar tração a partir da semana que vem, mas o números da Weg (WEGE3), uma das queridinhas da Bolsa brasileira, vão ser divulgados já na próxima quarta-feira (19), antes da abertura do mercado. A teleconferência com os executivos está marcada para o dia seguinte. Dados de atividade nos EUA, inflação na Europa e PIB Chinês: destaques da agenda internacionalNa contagem regressiva para a próxima reunião de política monetária do Federal Reserve, os investidores vão acompanhar novos dados sobre a atividade econômica nos Estados Unidos. Na terça-feira, saem os números do varejo e da produção industrial de junho. Para o primeiro, os economistas projetam um crescimento de 0,5% na comparação com maio. Para a indústria, a expectativa é de estabilidade, após um mês de contração. Masterclass As Ações mais Promissoras da Bolsa Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita A temporada de balanços corporativos referente ao segundo trimestre de 2023 continua. Para a semana, são esperados cerca de 60 resultados. Depois que os números do JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup superaram as expectativas, na última sexta-feira, os investidores vão acompanhar os números trimestrais de Morgan Stanley, na terça-feira (18) e do Goldman Sachs, na quarta (19). As grandes empresas de tecnologia, que dispararam de preço em 2023, também começam a divulgar resultados esta semana. Netflix, Tesla e IBM vão soltar seus números na quarta-feira. A semana começa com uma conferência do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, na Alemanha. O mercado vai acompanhar novos discursos de Christine Lagarde, presidente do BCE, a respeito do futuro da política monetária na zona do euro, diante de recentes dados que mostram uma inflação mais comportada no bloco econômico. O índice HICP, que mede os preços ao consumidor, referente ao mês de junho, será divulgado na quarta-feira (19) e o consenso Refinitiv aponta para uma variação positiva de 0,3% em relação a maio e de 5,5% em bases anuais. A inflação do Reino Unido, que ainda não deu sinais de desaceleração, também vai ser divulgada na quarta-feira. O consenso do mercado aponta para uma variação de 0,4% no CPI de junho em relação a maio e de 8,2% em 12 meses. O núcleo da inflação anual deve permanecer em 7,1%. Na China, o Banco do Povo da China (PBoC) poderá reduzir taxas de empréstimos nesta segunda-feira e também na quinta. O BC chinês deve atuar para estabilizar o crescimento da economia do país, que deu diversos sinais de desaceleração ao longo do segundo trimestre, e por isso pode implementar novos cortes. Nesta segunda-feira (17) o mercado já deve repercutir o Produto Interno Bruto (PIB) chinês no segundo trimestre. Uma enquete com da Reuters com economistas aponta para um crescimento anual de 7,3% em relação a um ano antes. Na comparação com o primeiro trimestre, o consenso Refinitiv aponta para um avanço de 0,5%. No Japão, a balança comercial de junho está prevista para quinta-feira, com expectativa de alta de mais de 2% nas exportações e queda superior a 11% nas importações. Dados da inflação japonesa serão divulgados na sexta-feira. Caso os preços sigam em trajetória de alta, vai ser mais uma pressão para que o BC do país revise sua atual política monetária de juros baixos. |
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