![]() Thiago Nemezio, sócio e diretor de produtos e alocação da Blue3 Investimentos, é um defensor do planejamento financeiro. Ele próprio tem certificação de planejador financeiro (CFP, da sigla em inglês). “O mercado funcionou muito no oferecimento de produtos, sem um olhar holístico”, diz. “É uma demanda natural do assessor hoje propor o planejamento financeiro. Ele vem sofrendo nos últimos anos por conta do cenário econômico, e é um movimento importante”, afirma. O planejamento financeiro tem uma abordagem ampla do patrimônio financeiro e não financeiro do cliente.
O executivo tratou do tema durante o Journey, evento organizado pela Blue3 em Ribeirão Preto (SP), em fevereiro. Leia mais: Blue3 quer R$ 40 bi sob custódia em 2025 e contratação de 260 assessores Preparação do assessorPara Nemezio, a alocação de ativos tem enorme ganho com o planejamento financeiro. “Mas ele exige mais preparação do assessor. Trazer esse diferencial ele vai ter uma fidelização maior e um percentual também maior do patrimônio do cliente”, ressalta. Sobre a alocação atual de ativos, ele diz estar bem defensivo na Blue3. “A gente tem feito uma alocação na classe de pós-fixado, aproveitando os juros altos”, diz.
Do lado do offshore, a Blue3 também tem feito uma alocação mais defensiva. “A gente acha que tem pressões inflacionárias acontecendo nos Estados Unidos”, ressalta. Renda variávelEle considera o Brasil “o país da renda fixa”. Mas o executivo acredita numa melhora de ambiente, que pode refletir nos ativos de renda variável mais à frente. “Por isso que a gente não se mantém fora dos ativos de renda variável. A gente tem uma alocação (em renda variável), ainda que baixa, mas estamos vigilantes”, destaca. De qualquer forma, Thiago Nemezio diz que o assessor tem o “papel nobre” de ligar os produtos do mercado financeiro à realidade do cliente. “O investimento não é o fim em si mesmo. Precisa de algum objetivo onde quer se chegar com o recurso”, afirma, apontando mais uma vez à importância do planejamento financeiro. Saiba mais: Exterior é opção de diversificação – e de menos “dor de cabeça” – para investidor O diretor vê ainda sentido uma parte da carteira do cliente dolarizada. “E se o cliente tiver oportunidade de exposição global, o que a gente recomenda é fazer renda fixa no Brasil e renda variável e produtos alternativos offshore”, diz. |
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