O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços nos Estados Unidos caiu para 50,5 em agosto, abaixo dos 52,3 observados em julho, segundo dado divulgados nesta quarta-feira (6) pela S&P Global. O dado mostrou o nível de atividade mais baixo desde fevereiro, quando o índice também ficou em 50,5. O resultado veio abaixo da mediana das projeções dos analistas, que estimavam PMI de 51,0.

O índice composto, que consolida os setores industrial e de serviços caiu de 52,0% em julho para 50,2 em agosto. Nesse caso, a projeção era de um PMI de 50,4.

Segundo a pesquisa, o abrandamento da atividade foi motivado principalmente por uma nova contração de novos negócios, uma vez que a conquista de clientes foi mitigada por aumentos de impostos e inflação elevada.

Segundo Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence, os dados de agosto enviam uma sugestão de riscos crescentes de estagflação, à medida que as persistentes pressões sobre os preços são acompanhadas por uma quase estagnação da atividade empresarial.

“Os números do PMI para o terceiro trimestre, até agora, apontam para uma hesitação no crescimento econômico, após um segundo trimestre robusto, uma vez que uma nova recessão na indústria de transformação está acompanhada por um quadro de deterioração no setor dos serviços”, disse em nota.

Williamson explicou que, embora a recuperação pós-pandemia dos gastos com viagens, recreação e hospitalidade tenha contribuído para um melhor desempenho econômico na primavera e no início do verão, esse vento favorável está perdendo força.

“As empresas relatam cada vez mais que os clientes se tornaram reticentes em gastar em meio a perspectivas mais sombrias, à medida que as taxas de juros aumentam e o aumento do custo de vida têm o seu preço. No entanto, os serviços financeiros e os prestadores de serviços empresariais também estão cada vez mais a sentir o impacto do enfraquecimento da procura.”