A poupança é simples, tem liquidez diária e isenção de Imposto de Renda (IR), mas perde para outras rendas fixas quando o assunto é rentabilidade. Não à toa, o dinheiro aplicado por brasileiros em CDB costuma superar muito os depósitos na caderneta de poupança.

Segundo dados mais recentes do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), referentes a agosto, os ativos bancários respondiam por R$ 2,78 trilhões, contra R$ 970 bilhões da poupança, que vem sofrendo resgates e obrigando o governo a rever as regras de financiamento habitacional.

Quem pretende aplicar até R$ 1 milhão (ou 2 milhões, a partir de novembro) também pode lançar mão do Tesouro Direto, mas bolsos maiores precisam recorrer a alternativas como os fundos DI, que investem principalmente em títulos públicos.

Confira, a seguir, quando uma bolada de R$ 10 milhões renderia aplicada em dois e três anos na poupança, em um CDB a 100% do CDI, e em um fundo DI.

Quanto R$ 10 milhões rendem na poupança?

Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano – caso atual, visto que a taxa básica está em 10,75% –, a poupança rende 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR). Em demais casos, a caderneta paga 70% da Selic mais a TR.

Se um investidor tivesse alocado R$ 10 milhões na caderneta de poupança na quarta-feira (23), conseguiria um rendimento líquido de R$ 1.469.196 em dois anos. Em três, passaria a R$ 2.282.859.

Quanto R$ 10 milhões rendem em fundo DI?

Os fundos DI investem em títulos públicos e em crédito privado de baixo risco, com o objetivo de entregar retorno equivalente ao CDI. No entanto, costumam pagar um pouco abaixo do indicador por conta de custos com taxa de administração. Assim, enquanto um CDB pode pagar 100% do CDI, esses fundos costumam entregar um percentual ligeiramente menor.

Uma aplicação de R$ 10 milhões em um fundo DI que pague 98% do CDI renderia R$ 1.805.823 em dois anos. Em três, o montante retornaria R$ 2.847.600 líquidos de impostos.

Quanto R$ 10 milhões rendem em CDB?

O CDB é um investimento que carrega risco bancário e sofre incidência de IR, mas tem a mesma cobertura do FGC. No entanto, ela é limitada a R$ 250 mil por CPF e instituição, o que invalida o benefício para um montante de R$ 10 milhões – obrigando o investidor a buscar ativos mais seguros.

No comparativo triplo, o melhor resultado é de um CDB a 100% do CDI. Uma aplicação de R$ 10 milhões no ativo bancário entregaria um retorno de R$ 1.906.909 em dois anos já descontados os impostos. Em três anos, o valor cresceria em R$ 3.015.244.