Concórdia – O presidente da Câmara de Vereadores de Concórdia, Closmar Zagonel, se manifestou de forma preocupante com a precariedade no atendimento das perícias médicas do INSS no município. Segundo ele, a situação se agravou nos últimos anos e tem gerado grandes prejuízos à população, especialmente às pessoas que dependem do benefício para manter suas famílias.
Zagonel destacou que o número de profissionais caiu drasticamente desde 2019. Em 2019 Concórdia contava com quatro peritos, que realizavam cerca de 1.200 perícias por mês. Em 2022 esse número caiu para dois, com cerca de 300 perícias mensais. Agora, em 2025, apenas um perito está disponível.
A consequência, segundo o presidente, é que muitos pacientes com problemas de saúde ou vítimas de acidentes de trabalho têm esperado entre cinco e seis meses por uma perícia. Quando conseguem agendamento, são obrigados a se deslocar para cidades distantes, como Capinzal, Joaçaba, Chapecó ou até São Miguel do Oeste.
?Essas pessoas estão há meses sem receber nenhum benefício, e ainda precisam arrumar transporte para fazer a perícia em outro município. É desumano?, disse.
Como resposta à situação, Zagonel anunciou a elaboração de uma moção com apoio unânime dos vereadores de Concórdia. O documento será enviado aos órgãos competentes, cobrando providências imediatas. “Vamos formar uma comissão e buscar uma audiência em Brasília, com o superintendente nacional do INSS, para exigir uma solução?, afirmou.
Outro ponto destacado por Zagonel é a dificuldade enfrentada pelo município para auxiliar os pacientes com transporte até as cidades onde há atendimento pericial. ?A prefeitura hoje não tem nem respaldo legal para oferecer esse transporte. E o debate aqui na Câmara é justamente sobre encontrar alternativas para atender essas pessoas mais humildes, que ganham um, dois salários mínimos e não têm como pagar uma passagem?, relatou.