Martin Gruenberg, o chefe da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), a agência que garante os depósitos bancários nos EUA, deixará o cargo em 19 de janeiro. “Foi a maior honra da minha carreira servir na FDIC”, disse Gruenberg em uma mensagem enviada nesta terça-feira (19) aos funcionários da agência. “Eu valorizei especialmente o privilégio de trabalhar com os dedicados servidores públicos que realizam a missão criticamente importante desta agência.” Sua saída permitirá que o presidente eleito Donald Trump nomeie um substituto para Gruenberg e que os republicanos assumam o controle da agência, acelerando uma potencial agenda de reforma bancária, que em muitos casos deve ser acordada em conjunto com os outros reguladores bancários federais. Gruenberg já havia concordado em renunciar após uma investigação independente de meses conduzida pelo escritório de advocacia Cleary Gottlieb Steen & Hamilton, que encontrou alegações críveis de “assédio sexual, discriminação e outras má conduta interpessoal” na agência. Gruenberg afirmou no início deste ano que deixaria seu cargo assim que um sucessor fosse confirmado. O presidente Joe Biden escolheu Christy Goldsmith Romero, uma comissária democrata da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities, como sua substituta, mas sua nomeação permanece em espera. A agitação na agência ainda obscurece uma proposta histórica de capital bancário destinada a forçar os maiores bancos do país a manter muito mais capital para se proteger contra perdas. A FDIC, em conjunto com o Federal Reserve e o Escritório do Controlador da Moeda, apresentou o rascunho original em julho de 2023, provocando uma feroz oposição da indústria bancária. Uma versão revisada, apresentada em setembro, reduziria pela metade o aumento de capital proposto para 9% para os bancos globais sistemicamente importantes dos EUA, incluindo Citigroup, JPMorgan Chase e Goldman Sachs. Mas esse plano recebeu novas críticas, segundo a Bloomberg, de dois membros republicanos do conselho da FDIC, além do democrata Rohit Chopra. © 2024 Bloomberg L.P. |
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