Elisabeth Borne renunciou na tarde de segunda-feira (8) ao cago de primeira-ministra da França, após 20 meses no cargo, período marcado pela adoção de uma reforma no sistema previdenciário e por legislações mais duras com a imigração. Em seu comunicado de despedida, Borne deixou claro que não saiu por decisão sua, mas a pedido do presidente Emmanuel Macron. “Sr. Presidente, o senhor me informou do seu desejo de nomear um novo primeiro-ministro. Embora eu deva apresentar a renúncia do meu governo, gostaria de lhe dizer o quanto estou apaixonada por esta missão”, escreveu em sua carta de demissão. Ela também destacou que era “mais necessário do que nunca continuar as reformas” do governo. O jornal britânico The Guardian lembra que, no sistema francês, o presidente nomeia o primeiro-ministro, mas não pode demiti-lo do cargo, apenas pedir sua renúncia. Macron ainda não definiu quem vai ocupar o cargo porque está negociando um reforma ministerial, importante num ano no qual não só vão acontecer os Jogos Olímpico de Paris como também ele terá de enfrentar uma dura eleição parlamentar. No momento, as pesquisa eleitorais mostram que seu partido está atrás das forças da extrema direita, lideradas por Marine Le Pen.
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