![]() O Goldman Sachs reavaliou o potencial de geração de valor do projeto Wahoo, da PRIO (PRIO3), e estimou que a execução do tieback (conexão entre um novo reservatório e uma instalação já operante) pode gerar uma TIR (taxa interna de retorno) de 26% em termos nominais em dólar, sem alavancagem. A análise leva em conta o desembolso feito na aquisição do campo, o CAPEX já realizado nos últimos anos e a curva futura atualizada para os preços do petróleo — estimada em US$ 65 por barril, em média, a partir de 2026. Os analistas destacaram que uma parcela relevante dos investimentos já foi feita, o que torna o ativo um potencial gerador de caixa significativo quando estiver em operação. Segundo os cálculos do banco, com a produção estabilizada em 40 mil barris por dia, o Wahoo poderia contribuir com cerca de 10 pontos percentuais para o fluxo de caixa livre anualizado (FCFy) da companhia. O valor presente líquido (VPL) do projeto foi estimado em US$ 2,3 bilhões ao fim de 2025 — ou aproximadamente R$ 16 por ação —, o que representa cerca de 37% do valor de mercado atual da PRIO. O relatório observa que esse cálculo desconsidera o CAPEX remanescente até o fim de 2025, já embutido na dívida líquida da empresa e considerado custo irrecuperável. O Goldman Sachs também lembrou que a entrada em operação do Wahoo ainda depende da emissão de uma licença ambiental pelo Ibama. A liberação, segundo o banco, é vista como o último entrave regulatório antes do início da produção. A partir de então, os próximos passos dependerão quase exclusivamente da execução da própria PRIO — o que reduz o risco de atrasos adicionais. Por isso, os analistas esperam uma reação positiva do mercado assim que a licença for concedida. Uma das questões mais frequentes dos investidores, de acordo com o relatório, é quanto da valorização potencial o mercado poderia precificar com a liberação da licença. Segundo os cálculos do banco, se 10% do valor do projeto for incorporado às expectativas do mercado, isso equivaleria a uma adição de R$ 1,60 por ação — ou 3,7% do preço atual dos papéis. A equipe do Goldman continua vendo a ação como negociada a múltiplos atrativos — Valor da Firma (EV)/EBITDA de 2,7 vezes para 2026 e FCFy de 27% — sem considerar ainda a segunda parcela da aquisição de Peregrino. Contudo, o time global de commodities do Goldman Sachs segue com uma visão mais cautelosa para os preços do petróleo. A principal expectativa de destravamento de valor, segundo os analistas, permanece sendo a liberação da licença e o início da produção de Wahoo. Com isso, o banco manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 53,20. |
Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *