![]() Entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda havia a expectativa de colocar o projeto de anistia em votação antes do fim deste semestre legislativo. Mas, na avaliação de congressistas, a questão só deve voltar a ser discutida após o recesso. O diagnóstico é que o clima no Congresso piorou para qualquer tratativa sobre o assunto após o anúncio das tarifas contra produtos brasileiros pelo presidente de Donald Trump e também pelas pressões por parte do presidente americano contra o Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que o ex-presidente “figura como líder” da organização criminosa golpista e é o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado democrático de Direito”. Gonet acrescenta ainda que Bolsonaro, “no exercício do cargo mais elevado da República, instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, esquema persistente de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório”.
Segundo o pedido do PT, as articulações golpistas de Eduardo contribuíram para a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros e é inaceitável que um deputado brasileiro continue no cargo após negociar sanções contra o próprio país. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, também protocolou pedido no Supremo. Neste caso, pedindo para que Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro sejam incluídos no rol de investigados pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça, atentado à liberdade de magistrado, atentado à soberania nacional, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. O documento também pede a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro, com base nos novos elementos que demonstram seu papel central na articulação de pressões comerciais internacionais. Além disso, os deputados federais Camila Jara (PT-MS), Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), Duarte Jr (PSB-MA) e Duda Salabert (PDT- MG) protocolaram uma representação na PGR contra Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por possíveis crimes militares e ações que colocam em risco a soberania nacional. A denúncia aponta que os dois atuaram na articulação de sanções internacionais contra o Brasil, culminando no anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Já a deputada Erika Hilton (Psol-SP) pediu p bloqueio de bens e de doações à família Bolsonaro por conspirarem contra o país. |
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